26 agosto 2013

Elga de Córdoba

Sambava. As pernas alvas ora encruzilhavam-se com calças engomadas ora embaralhavam as vistas de quem olhava, sozinhas. Não sabia sorrir, mesmo que lhe desse vontade. Era devota: em delírio agachava-se ao entrar no barracão, licença aos deuses do samba. E amava tanto aquilo e respirava tanto aquele suor e era vista sempre e vinha, visitava, dançava, chorava. Mas convite qualquer negava. O respeito era tanto - não queria macular o samba, que era mágico porque não lhe pertencia.