31 julho 2008

Inimigos e Bolívia

Será lançado hoje, em Fortaleza, o mais novo livro de Pedro Salgueiro: Inimigos, ganhador do I edital de artes da Funcet. Será no Dragão do Mar, das 19h às 21h30.

Começa no dia 3, domingo, a Semana Cultural da Bolívia, em vários locais da cidade. O evento é promovido pela Embaixada da República da Bolívia e a Casa da Cultura da América Latina da UnB. Confira a programação abaixo:

Dia 3 de agosto: Palestra e exibição do filme Evo Pueblo, de Tonchy Antezana (2007, 105 minutos). Narra a história do menino camponês que se tornou o primeiro presidente indígena da República da Bolívia.Legendas em espanhol. Local: Auditório II, do Museu Nacional da República (Esplanada dos Ministérios). Hora : 19hEntrada franca

Dia 4 de agosto: Exibição do filme Los Andes no Creen en Diós, de Antonio Eguino ((2005, 145 minutos). Adaptação de dois contos do escritor Adolfo Costa Du Rels. Narra a dura realidade do povoado boliviano de Uyuni onde, entre os anos 1920 e 40, jovens procuravam ascensão social por meio do garimpo. Legendas em espanhol. Local: Auditório II, do Museu Nacional da República (Esplanada dos Ministérios). Hora: 19hEntrada franca

Dia 5 de agosto: Abertura da exposição fotográfica Bolívia Mais Além do Tempo (Bolívia Más Allá del Tiempo), que reúne setenta imagens dos arquivos de Freddy Alborta, Julio Cordero, Lucio Flores, Luigi Domenico Gismondi, Javier Nuñez de Arco; e dos artistas contemporâneos Vassil Anastasov, Sandra Boulanger, Patricio Crooker, Erika Ewel, Cecilia Lampó, Christian Lombardi, Sol Mateo, Javier Plaza e Roberto Valcarcel. Curadoria: Cecilia Lampó. Local: Galerias CAL, Acervo, Bolso e Auditório Pablo Neruda (CAL)Endereço: SCS Quadra 4, Edifício Anápolis. Horário de abertura: 19h30. Visitação: até o dia 31 de agosto de 2008. Terça a sexta-feira: 10h às 20h. Sábados, domingos e feriados: 12h às 18h

Exibição do filme Evo Pueblo, de Tonchy Antezana (2007, 105 minutos).Legendas em espanhol. Local: Auditório II, do Museu Nacional da República (Esplanada dos Ministérios). Hora: 19hEntrada franca

Dia 6 de agosto: Oferenda floral. Local: Busto Simón Bolívar (Praça do Buriti). Hora: 9h Recepção social (apenas para convidados). Hora: 12h30 às 14h30

Dia 7 de agosto: Exibição do filme Los Andes no Creen en Diós, de Antonio Eguino (2005, 145 minutos).Legendas em espanhol. Local: Auditório II, do Museu Nacional da República (Esplanada dos Ministérios). Hora: 19hEntrada franca

Dia 8 de agosto: Exibição do filme Evo Pueblo, de Tonchy Antezana (2007, 105 minutos). Local: Auditório II, do Museu Nacional da República (Esplanada dos Ministérios). Hora: 19hEntrada franca

30 julho 2008

Até eu sigo sem mim (e a vida acadêmica também)

Vivo o segundo do terceiro dia de uma licença saúde, em casa. Curto minhas tristezas, uma forte dor de garganta e meu filho lindo.

Mas falemos de academia.

A revista Participação da UnB, criada em 1987 para publicar artigos, comunicações, resenhas, opiniões e entrevistas, está sendo relançada este ano. Os interessados devem encaminhar seus trabalhos até 22 de agosto. As orientações e os critérios para envio de trabalhos estão no site www.revistaparticipacaodex.unb.br. A revista seguirá modelo científico e terá periodicidade semestral.

No Rio, dia 4, acontece a palestra "Uma diáspora descontente: cinema, militância política e identidade étnica no Brasil", com o prof. Jeffrey Lesser, da Emory University. Será no Salão Moniz de Aragão do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ, às 19hrs. A palestra será realizada em português.

A revista Aletria, da UFMG, recebe artigos que tratem de obras literárias de língua inglesa. O prazo é longo: 1° de maio de 2009. Dá pra preparar algo digno até lá. Veja as normas abaixo.

1. A revista Aletria aceita para publicação artigos inéditos em sua especialidade:
• ensaios sobre estudos literários e culturais;
• resenhas e recensões críticas de obras literárias e de obras científicas na área de literatura e teoria literária;
Observação: não serão aceitos capítulos de dissertações ou teses em que essa condição possa ser constatada no texto.
2. O material para publicação deverá ser encaminhado à equipe editorial da revista, e, em folha à parte, deve(m) o(s) autor(es) enviar, também, autorização para a publicação sem recebimento de direitos autorais.
3. Todos os trabalhos deverão ser enviados em duas vias impressas e em arquivo eletrônico em CD ou disquete, editado através do programa Microsoft Word for Windows versão 2.0 ou superior, em fonte Times New Roman, corpo 12, e espaço 2.
4. Só será aceito para publicação, de cada autor ou conjunto de autores, um artigo por ano.
5. Os trabalhos encaminhados não devem ultrapassar 20 páginas.
6. O material a ser publicado deve ser acompanhado de folha de rosto onde serão indicados: título; autor ou autores; instituição em que trabalha cada autor e a atividade que exerce na mesma; titulação acadêmica de cada autor; endereço pessoal e de trabalho completos, bem como telefones (e ramais, se for o caso); e-mail para contato.
7. O original, digitado em espaço duplo, fonte 12, Times New Roman, deve desenvolver-se na seguinte seqüência: título do trabalho, nome(s) do (s) autor(es) – um abaixo do outro –, filiação científica do(s) autor(es) e nome da (s) instituição(ões) a que se acha(m) vinculado(s) abaixo do(s) nome(s) do(s) autor(es) – as informações de cada autor abaixo do nome respectivo –, resumo e três palavras-chave em português, texto, resumo e as mesmas três palavras-chave traduzidos para outra língua (inglês, francês ou espanhol), referências bibliográficas. Se houver agradecimento ou dedicatória, acrescentá-los antes do resumo em português.
8. As ilustrações, gráficos e tabelas (indicar a fonte quando não forem originais do trabalho) com as respectivas legendas e/ou numerações, deverão vir em folhasseparadas, indicando-se, no texto, o lugar onde devem ser inseridas.
9. As notas de rodapé devem figurar ao pé da página em que seu número aparece. As notas de indicação bibliográfica, em pé-de-página, devem ser apresentadas observando-se a seguinte norma: sobrenome do autor em maiúsculas, título do livro ou texto consultado e número da página (se for o caso). CALVINO. Seis propostas para o próximo milênio, p. 12.
10. Referências bibliográficas: deverão aparecer completas, imediatamente após o final do artigo, em ordem alfabética de sobrenome de autor, atendendo-se às regras para indicação bibliográfica, conforme a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) cujos elementos básicos especificamos a seguir:
a) Citação de artigo de revista deverá conter: autor(es) do artigo, título do artigo, título da revista grifado, local da publicação, número do volume, número do fascículo, páginas inicial e final do artigo citado, mês e ano da publicação; b) Citação de capítulo de livro deverá conter: autor(es), título do capítulo, organizador(es) da coletânea, título do livro grifado, número da edição (a partir da segunda), local de publicação, editora, data, página inicial e final do capítulo. c) Citação de livro deverá conter: autor(es), título grifado, número da edição (a partir da segunda), local de publicação, editora, data, número total de páginas.
11. As páginas deverão ser numeradas na margem superior direita.
12. O material deverá vir devidamente revisado pelo autor. Para indicar que fez a revisão, cada página deve vir rubricada pelo autor. A Comissão Editorial reserva-se o direito de fazer nova revisão e de fazer as necessárias alterações.
13. Os originais enviados não serão devolvidos, mesmo que não tenham sido publicados.
14. O autor que tiver seu artigo publicado receberá três exemplares
da revista.
Endereço para correspondência:
Revista Aletria nº 20 – Faculdade de Letras da UFMG
Programa de Pós-Graduação em Letras: Estudos Literários – 4º andar
Avenida Antônio Carlos, 6627 – Campus da Pampulha.
Belo Horizonte, MG – CEP 31270-901.
Comissão Editorial
Profa. Dra. Sandra Regina Goulart Almeida (presidente)
Prof. Dra. Luiz Fernando Ferreira Sá
Prof. Dra. Thomas LaBorie Burns

26 julho 2008

A vida segue (sem mim)

Livros são lançados e lamento por não ler nos próximos dez meses, pelo menos, O conto do amor, de Contardo Caligaris. (e vou lamentar também pelos despeitados que não vão ler porque o cara é fodão da Folha de S. Paulo)

Filmes estreiam, com o mais do mesmo cenário-favela, como é o caso de Era uma vez, em cartaz em todos os cinemas desta capital. E ainda tem a versão cinematográfica do seriado Sex and the city. (atire a primeira pedra aquela que nunca assistiu, ou que nunca leu Marie Claire, ou que nunca chorou de rir lendo Maitena) (estou cheia de quem costuma atirar pedras)

Boa crítica segue sendo publicada. (em críticos é raro chegar pedra atirada e minha inocência me impede de querer saber o porquê)

Incrementos são pensados, como os cursos profissionalizantes que serão oferecidos aos beneficiários do Bolsa Família. E foda-se se o intuito for eleitoreiro. (seguem me enfadando os atiradores de pedras)

Poesias continuam sendo feitas, com teclados ou tablets. Bem como o status segue invicto no ranking dos determinantes literários. (aí sou eu a atiradora. e atire a primeira pedra aquele que nunca o foi)

Meu filho cresce lindo e esperto. Meus amigos - ou parte - continuam meus amigos. Meus moment friends continuam afastados e se embaraçam em encontros casuais. E ouvir "Dona", do Roupa nova, continua sendo absurdamente providencial quando se está derrubada. (apesar do forte guarda-chuva colorido, escuto assustada o barulho das pedras. E me aborreço)

PS: Lamento publicamente pela gorducha oxigenada de pernas finas cobertas por leggings que ressaltam celulites e falta-de-bom-senso, que sonha em ser cineasta e tem até talento. Mas se recusa a usar boina, calça xadrez, fumar maconha (ou tolerar o cheiro) e inserir termos técnicos em todas as conversas para humilhar os que não são do ramo. Gorducha, eu torço por você.

20 julho 2008

Nome próprio - resenha sobre mim, sobre Leandra e sobre Clarah

Acabo de assistir ao filme Nome próprio, de Murilo Salles. Não é possível elogiar com os elogios que já existem a interpretação de Leandra Leal. A atriz é Clarah Averbuck (ou Camila, pseudônimo da escritora gaúcha) da cabeça aos pés (e ao coração). Espetacular, visceral (pra repetir o que os críticos já andam dizendo). Mas há algo no filme que me incomoda. E há de ser o mesmo algo presente nos livros de Averbuck. São relatos obviamente autobiográficos, precariamente ficcionalizados (e isso é proposital), e só me dizem coisas sobre um modo infantil de lidar com as situações da vida real. São todos os livros dela muito "Liana" demais, há muito de mim ali. Mas, principalmente, há muito do que eu detesto em mim. Tudo isso deve se explicar a partir de uma adolescência muito bem vivida, e da qual não me arrependo, mas que está lá atrás, no lugar dela, no passado. E a Clarah/Camila tem a minha idade e segue infantilizada, irresponsável, iludida, meio sonhadora, deslumbrada. Aí está a palavra: deslumbrada. E impune. Tudo isso se sustenta bem numa literatura originada de blog, que é o caso dela - e é muito do que eu faço também, claro -, e no cinema e em qualquer outra arte contemporânea. Mas na vida real não. É adolescente demais; é classe média demais. E, especialmente para a vida real, estou farta de fantasias melancólicas, de neogóticos, de emos adolescentes e, principalmente, de emos adultos. Se é pra tocar o 'foda-se', posar providencialmente de irresponsável, de rebelde-com-conteúdo, de visceral (repetindo...), eu toco aqui: essa literatura, pra mim, não é suficiente. Não digo que não é boa, pois já li tudo de Averbuck. Mas é pouco. E essa escritora tem mais pra dar; é só apostar em outras ficções. Quem sabe ela não chega, um dia, ao talento pulsante de Leandra? Que se dá, inteira, à personagem. Mas passa longe de qualquer imagem (minha) adolescente.

19 julho 2008

E a blogueira poetiza sua realidade

Amarga. A fralda. E ri, sentada, sem graça, a poeta. Bala sugar free. Nada ingere, além de morte e, no extremo, ama. Ama, ama. (fralda) Se falam espíritos, ela escuta, amedrontada. Não cruza, sequer, o caminho para o toalete. A bexiga pode esperar. O coração, nem tanto. (fralda) Confusa recusa a verdade. Acusa, chora. Foge: barcos vikings, Colômbia, babalaôs, gargalhadas-suspiros-cheiros-de-nuvem, friends, tupinambás. (fralda) Pura. E volta, triste, dura e acuada. Vida de açúcar. Jejum indeciso. Vazia repousa, sozinha. Ama e troca fraldas.

Livros e um lamento

Macanudo 4, livro com tirinhas geniais do argentino Liniers, e Mitologia dos Orixás, de Reginaldo Prandi, com um apanhado curioso sobre os deuses da cultura Yorubá.

Morreu hoje, com oficiais 101 anos, Dercy Gonçalves. Cansada, lamento sem nada querer dizer, a não ser: "toca aqui".

12 julho 2008

Poetas protestam e governador poemiza

Na última quarta-feira, o grupo Loucos de pedra protestou contra a derrubada "acidental" de mosaicos com textos de poetas da cidade em paradas de ônibus na W3 Sul. O protesto foi pacífico e simbolizado pela colocação de placa numa calçada. O curioso foi a postura do governador José Roberto Arruda, que aproveitou o ensejo para poemizar. Mandou um memorando todo rimado para seus secretários. Veja trecho abaixo.
"...considerem que os versos limpam nossos dias
fazem Josés e Marias
Pessoas mais felizes
E quando, nas calçadas, as palavras
rimarem idéias com cimento
teremos, mais leve, o pensamento
dos críticos do dia a dia"

Pela net

Quero divulgar aqui o trabalho do meu amigo Rubens Rodrigues, que faz literatura com tablet. Veja. E a revista Casa das Musas está atualizadíssima. Duas entrevistas: Manoel de Barros e Ronaldo Correia de Brito, contos, crônicas, ensaios, resenhas e outras coisas. Vale conferir. Também vale passear pelo blog do Marcelo Sahea, do Gustavo de Castro, para citar os "brasilienses", e do Xico Sá, que é sempre uma boa pedida para sábado à noite.

09 julho 2008

E quase esqueci...

Será lançado amanhã, em São Paulo, o livro Capitu mandou flores, organizado por Rinaldo de Fernandes, em homenagem ao centenário da morte de Machado de Assis. Entre os contistas convidados, o grande Nilto Maciel, Lygia Fagundes Telles, André Sant'Anna, Ivana Arruda Leite, Glauco Mattoso e Ronaldo Cagiano. Veja o convite abaixo.
E eis que volta a blogueira

Eu não fui à FLIP. Não estava trabalhando num novo conto ou num artigo para publicação em revista acadêmica. Não estava me preparando pra concurso, pra doutorado, pra vestibular, pra nada. Não vi nenhum dos filmes em cartaz. Mais de um mês longe por vários motivos: troquei de provedor de internet, trabalhei muito, cuidei do meu filho durante todas as horas em que não trabalhei e poucas outras coisas fiz.

Demorei, mas voltei com boas notícias: o Nilto Maciel criou um blog em que vai disponibilizar a íntegra das edições da revista Literatura. Conheça. A escritora mineira Eltânia André, lançará dia 25, no Martinica Café, o livro de contos Meu nome agora é Jaque. A partir das 19h. E até o dia 15/7, estarão abertas as inscrições para o 14º Concurso Nacional de Contos José Cândido de Carvalho, da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL). Cada autor poderá inscrever um máximo de três contos e enviá-los à FCJOL: Praça da Bandeira s/nº Campos-RJ cep. 28030-550. O tema é livre.