31 agosto 2006

Na Feira

Antologia - No dia 27/8, quando aconteceu o lançamento da antologia Todas as gerações, eu estava em Florianópolis participando do congresso Fazendo Gênero (sobre o qual falarei depois que minhas idéias se organizarem). Mas já recebi a notícia que lá no lançamento os exemplares se esgotaram e que o debate foi muito bom. Uma segunda edição já está sendo impressa e haverá outro lançamento na cidade em breve.

Bate-papo imperdível - Amanhã tem Marcelino Freire, no Café Literário, na Feira. O bate-papo começa às 20h30 e as inscrições devem ser feitas antecipadamente, aqui.

Lançamento - Salomão Sousa lança hoje o livro Ruínas ao sol, um dos vencedores do Prêmio Goyás de Poesia, às 18h, também na Feira.

Cagiano premiado

O livro Concerto para arranha-céus, de Ronaldo Cagiano, ganhou o Prêmio Especial do Júri do Concurso Aníbal Machado. Depois dou mais notícias.

Porra

Recebi há poucos dias em casa o livro O fantasma de Luís Buñuel, de Maria José Silveira. O romance já começa de um jeito que me encanta: "Porra." é a primeira linha. Vou ler e logo comentarei. O próximo romance dela será lançado em outubro, pela Record, e tem como tema a figura histórica de Goiás Damiana da Cunha.

Eu fiz gênero

Ainda com as idéias desorganizadas, opino: o VII Fazendo Gênero foi ótimo. Mais de duas mil pessoas participando ativamente de um congresso específico sobre questões de gênero, feminismo, ações afirmativas, (bi-trans-multi-pan) sexualidade, literatura, psicologia, antropologia, história, educação, sociologia etc. etc. etc.. Boas apresentações, ótimos debates. Depois falarei mais. Agora, destaco o espetáculo Elas.com, apresentado lá no congresso no dia 29. Sala cheia, entupida. Atrizes, texto, diretor aplaudidos de pé.

27 agosto 2006

Atenção: Todas as gerações hoje

Direto de Florianópolis fui informada que o lançamento da antologia Todas as gerações é hoje, dia 27, e não dia 31, como anunciei. Houve um problema com a programação da Feira, ao que parece. Será às 18h30, no Café Literário. Haverá debate com o organizador e alguns autores. Então, apaguem a informação anterior e chamem seus amigos para prestigiar.

25 agosto 2006


Todas as gerações

Atenção, Atenção: Será lançada no próximo dia 31 a antologia Todas as gerações – o conto brasiliense contemporâneo (Editora LGE). Organizada pelo poeta e contista Ronaldo Cagiano, ela traz contos de mais de cem escritores que vivem em Brasília e exprime a diversidade do que se produz hoje em termos de literatura no Planalto Central. Há contos de veteranos, como Lourenço Cazarré e Nilto Maciel, de poetas ousados, como Marcelo Sahea, de contistas jovens e que já têm o seu espaço, como José Rezende Jr., e iniciantes completos, como eu. O lançamento acontece na 25ª Feira do Livro e será seguido de debate. Leia sobre a antologia aqui.


Curto-circuito

Acabo de saber que dia 12 aconteceu o primeiro Curto-circuito poético, que reuniu cerca de 30 poetas em sarau que durou cerca de duas horas, no Conic (Setor de Diversões Sul). A iniciativa é de Ivan da Presença, que mantém um sebo cultural lá no Conic, em frente ao Teatro Dulcina. O Curto-circuito vai acontecer todo segundo sábado de cada mês até o fim do ano, no mesmo local.

24 agosto 2006

Várias coisas acontecendo

Congresso - Dia 28 começa o VII Fazendo Gênero. É um congresso internacional, que este ano acontece em Florianópolis, na UFSC, com o tema "Gênero e preconceitos". Eu chego na cidade no domingo, 27, e já na segunda apresento o trabalho Clarah Averbuck e Ivana Arruda Leite: novas escritoras, novos olhares?. Veja a programação aqui.

Papo - E por conta do Fazendo Gênero, eu vou perder o bate-papo "Ronaldo Cagiano + cem contistas", no dia 27, às 18h30, no Café Literário da 25ª Feira do Livro de Brasília. O papo decorre do lançamento da antologia Todas as gerações (LGE), organizada por Cagiano, que reúne cem escritores de Brasília. Entre eles, eu, com o conto "No metrô". Participem, comprem o livro e me contem o que acharam, ok?

Outros destaques da Feira - 1) a oficina "Como escrever um romance de sucesso", com Alexandre Lobão, dia 26, às 14h (como será isso?); 2) a peça de teatro Elas.com, no dia 3/9, às 18h, na Arena Cultural, encenada maravilhosamente por quatro amigas minhas. Imperdível; 3) os bate-papos com Marcelino Freire (dia 1/9, às 20h30) e Daniel Galera (dia 3/9, às 18h30), ambos no Café Literário; e o recital com o grande ator Adeilton Lima, dia 6/9, às 20h30, também no Café.

FLIP - E pra finalizar, depois de autorização do próprio, publico abaixo o texto de Marcelo Mirisola, a respeito da FLIP. Antes, explico: Mirisola foi convidado a cobrir o evento por um jornal e, na volta, eles não quiseram publicá-lo. Por que será?

Paraty 2006
Não me convidaram para essa festa pobre. Nem a mim nem ao Cazuza. Ele porque já foi pro beleléu, eu porque sou um falastrão,e devo representar alguma espécie de ameaça ao convívio de tão ilustres,sociais e educados escribas. O mundo das letras (digo a indústria, a máquina de fazer dinheiro) é colorido, e fofo. E pode – como uma propaganda do Unibanco –, ser irresponsável, e perigoso. Da mesma forma que inventa idílios em Paraty, ajambra periferias e escritores para propagandear qualquer lugar que lhe convém; desde esse insuspeito arraial literário até alcançar o Piauí, não, não é o Estado do qual Nelson Rodrigues duvidava da existência, trata-se da "Revista Piauí" – que será – dizem... – oportunamente lançada nessa simpática Paraty sem rede de esgoto. João Moreira Salles, além de editor da revista, cineasta premiado e mauricinho lírico incontestável, é dono do banco supracitado, e patrocinador da festa. Não conheço Joãozinho Salles, nem vi a revista. Só sei dizer que devo um dinheirão de juros pros bancos. Mas nem é preciso especular para saber que a qualidade gráfica da "Revista Piauí" deve ser Suíça. E os textos... milionários. Não, também não me convidaram para escrever na "Piauí". Estou aqui – é bom avisar – na condição de escritor profissional, ou, se preferirem, correspondente de guerra. Dava na mesma se me enviassem para a fronteira da Síria com o Líbano. Meu espírito é esse. Sempre foi, é bom que se diga. O legal da história é que passarei quatro dias enchendo a cara, e flanando por conta dessa festinha caipira, e – como não poderia deixar de ser – claro, ainda vou ganhar uns trocados. Bicão mas sem perder a elegância. Quem arrumou para mim esse Spa que inclui transporte, hospedagem, fuzis, e tudo na faixa, foi o Marcelino Freire. Paraty – para mim – começou ontem à noite na Mercearia São Pedro. Um lugar em São Paulo, na Vila Madalena (para o leitor desavisado do Zero Hora) onde se faz negócios, conchavos, sexo no banheiro, fala-se bem dos amigos e mal dos inimigos e na maioria dos casos purga-se a falta de talento enchendo-se a cara até o dia amanhecer. Às vezes os autores da casa publicam antologias. Às vezes quebram o bar. Nada demais. A diferença pros outros butecos é o sanduíche de carne assada e a simpatia de Marquinhos, dono do buteco. O primeiro item é meio caro mas justifica o segundo;ou seja,o sorriso impagável de Marquinhos, atrás do balcão. De uns tempos pra cá, o "agitador" Marcelino Freire anda – merecidamente... – festejado no meio literário, e desfruta de camarote na Mercearia São Pedro. Foi lá que apiedou-se desse escriba nada modesto, e resolveu mandá-lo para Paraty antes de ser solicitado no sentido de arrumar-lhe um emprego,dinheiro emprestado,favores sexuais e/ou algo mais sórdido do tipo...um Jabuti. Na verdade, iria lhe pedir as horas. Só isso. Ele que insistiu na garrafa de "Periquita". Fazer o quê?
Agora estou aqui nessa cidadezinha de merda, cercado por chiliques nacionais e internacionais, pela paisagem sonífera que encantou Debret, e pedras a judiar dos meus ligamentos; ladeado por escritores "engajados"... (me pergunto: "engajados no quê? Na chatice?") e – evidentemente – atrás de uma maria-rodapé pra comer acompanhada com feijão grosso e costelinha de porco. Fiquei sabendo que não me convidaram para essa festa porque, entre uma maria-rodapé comida no almoço e um porre de cachaça seguido dos vexames de praxe, eu poderia falar ao vivo e a cores as mesmas coisas desagradáveis que estou escrevendo aqui e agora: de frente para o mar e para a bandeja de queijadinhas. Tolos. Quanto ao homenageado dessa edição, acertaram na mosca. Jorge Amado, esse xarope filhinho de papai Stálin, é o autor perfeito para se prestar homenagens; perfeito em vida e mais perfeito depois de morto. Existem autores com essa vocação. A outra categoria são os que fazem literatura pra valer. Esses dispensam homenagens. Melhor mesmo lê-los. Uma dica. Leiam "O Sobrinho de Wittgenstein",de Thomas Bernhardt. Nada a ver com esse ar civilizado de Paraty, nada, nadinha a ver com barquinhos ancorados defronte cafezinhos metidos a besta. Talvez "Árvores Abatidas" do mesmo Bernhardt tenha mais afinidade com a atmosfera de falcatrua dessa Paraty.Ora,leiam toda a obra de Bernhardt, e concordarão comigo. Penso mesmo que Jorge Amado, o "baiano profundo", não tem cacife sequer para ser a micose de unha de um Juliano Garcia Pessanha, que – a propósito – é admirador número um da obra de Bernhardt. Menos mal que esse ano tenham convidado Pessanha. A palestra dele foi a melhor coisa que podia ter acontecido nessas plagas. Para quem não o conhece, J.P, além de ganhar a vida ensinando Blanchot e Cioran para as madames de Higienópolis, é autor de um livro fundamental chamado "Certeza do Agora". A vida é simples. Os livros do Juliano esgotados.
Um esclarecimento: Maria-rodapé não é um quitute que a mãe de Thomas Mann preparava quando sentia nostalgia de Veneza, mas sim um avanço tecnológico das antigas groupies dos tempos áureos do Rock and Roll. São garotas que, em suma, dão pros caras porque eles aparecem nos jornais, ou tem uma bandinha, ou, sei lá, usam camisetas pretas, ou nesse caso específico, frequentam jornais, antologias e revistas especializadas do circuito Vila Madalena-Paraty. Ou seja,tipos descolados que assobiam,chupam e entornam uma cana ao mesmo tempo, e não necessariamente escrevem coisas que valham a pena ser lidas. Isso é um detalhe, concorda dona Zélia? Outro detalhe é o não-cachê dos escribas brasileiros. Nossos ilustres figurantes comparecerão por conta da militância. Isto é, ou acreditam nas causas do Unibanco, da TIM ou nas causas do marqueting próprio. Que o diga Gabriel Chalita – o ex-secretário da Educação do Estado de São Paulo – que, embora não tenha sido convidado oficialmente pela Flip, encarna o que os místicos chamariam de "espírito" da coisa. Chalita lançará (é o que diz o site dele) o livro de poesias chamado "Estações" aqui em Paraty. Um mimo esse rapaz. Os escritores gringos, na certa, além dos dólares (ou alguém pensa que um Christopher Hitchens da vida viaja de graça?), levarão cocares, mulatas, belos suvenires de nossa amada pátria, e lembranças dos tempos em que a colonização era somente um pretexto para arrancar nossas alminhas caipiras do respectivos couros. Depois de 500 anos, esgarçadas as alminhas, os gringos não precisam sequer de pretextos. Ninguém aqui tem coisa diferente de tubérculos no lugar do caráter, esses gringos tem mais é que se esbaldar.Viramos mandiocas. Bela festa, ainda bem que não fui convidado. Na mesa em que eu participaria – sim, meu nome foi malandramente limado pela organização do Festival – puseram um cara meio deprimido e engraçado a falar de quadrinhos, remédios e literatura. Boa performance. Claro que fiquei contrariado. E, antes que me acusem de gordinho recalcado, me antecipo. Sou recalcado porém emagreci. Esse texto tem, portanto, endereço e gênese ululantes: produto da minha pequenez e arrogância. Apesar disso, Reinaldo Moraes desembestou a tagarelar, e salvou o encontro. Felizmente dona Zélia Gattai não compareceu. Tropeçou no próprio autismo, e se machucou. Estou livre do casamento perfeito, dos causos e da lenga-lenga imortal dessa senhora. Ricardo Piglia também não veio. No seu lugar, chamaram José Miguel Wisnik. Quero estar bem longe na hora em que o professor da USP disser que o Caetano é um gênio. A velha lenga-lenga. Ah, Paraty. Ah, meu saco. Também não tenho nenhuma curiosidade em assistir a palestra de estrelas do jornalismo americano. Isso aqui não é uma festa "literária"? Não tenho nenhum interesse por apêndices ou restolhos de gênio "A" ou gênio "B". Será que a leitura da obra dos caras não é o suficiente? A mim me bastam minhas gambiarras e vaidade. Não estou nem aí com os "perfis" e eventuais entrevistas, excêntricidades e lapis apontados por fulaninho genial. Nem aqui, nem alhures. Se esses jornalistas misturam gêneros,talvez por timidez, ou algum tipo de ambicão risco-zero,eu criei um estilo. Igualmente não faço diferença entre o velho e o mar, o melhor amigo, ou o barbeiro de Hemingway. Em tempo: também não acredito em biografias e na publicação de cartas de autores defuntos, acho isso de um oportunismo tosco, uma falta de delicadeza. Sobretudo não creio em "recriação". Mas creio em vampiros! Lilliam Ross, a famosa editora da New Yorker, está evidentemente puxando a sardinha para o lado dela. Independente do charme e do talento dessa senhora e de seus assemelhados, eles, a meu ver, jamais passarão de coadjuvantes. No máximo – e com muita boa vontade – eu diria que são fofoqueiros chiques. Bobagem da senhora Ross afirmar que o "romance-reportagem" remonta a uma tradição que vem de Daniel Defoe.Um livro - independente do gênero - se for bom,não precisa de alvarás para existir. Tanto faz se o autor é cozinheiro, alpinista, caixa de supermercado, ou um jornalista pararicado por seus iguais. Esse argumento é fajuto e facilmente contestado pelo simples fato de que na época em que Daniel Dafoe escreveu "Diário do Ano da Peste" ele, antes de ser comerciante, dono de jornal ou qualquer outra coisa, era um ESCRITOR, e o "Novo Jornalismo" era uma balela a ser inventada muitas décadas depois para dar um verniz a jornalistas bem-sucedidos metidos a estrelas de festa de pobre. Minha arrogância e vaidade não são nada perto da timidez ambiciosa dessa gente. Tenho que ser grosso e bater forte nesse caso. Isso aqui, caro leitor, é um serviço de utilidade pública. Um aviso para garotões sarados da nossa imprensa não se meterem a besta. Talvez não tenha utilidade alguma. Quem sou eu? Se um Daniel Piza da vida cismar que reinventou Machado de Assis, ninguém - nem a justiça que livrou a barra de Pimenta Neves - irá segurá-lo. Quem avisa amigo é. A única coisa animada nessa cidade é a arquitetura brega de um Supermercado que destoa da monotonia da paisagem e das vendinhas furrecas que o cercam. Devia chamar Supermercado Companhia das Letras (leia-se Unibanco). Seria a única coisa honesta que eventualmente poderia acontecer nesse lugar. João Ubaldo Ribeiro entendeu o safári que era isso aqui, e declinou do convite. Ou ainda. O vaivém de artistas e gente metida a artista para cima e para baixo é uma invenção dessa editora-agência bancária para promover seus autores, e futuros devedores. Nada mais do que isso. Foi assim até a segunda ou terceira edição. O negócio cresceu, a mídia mordeu a isca, e já estava dando muito na cara. Não podia ficar desse jeito. Aí convidaram uma enxurrada de pangarés de outras editoras, rappers, caetanos, chicos e tipos afins metidos a escritores para animar a festa. Até o Gugu Liberato, na segunda ou terceira edicão, apareceu por aqui. Dos "artístas", a meu ver, o animador de auditório foi o mais autêntico. Uma vez que não teve de representar nada diferente do que efetivamente faz e do que realmente é. Um palhaço sem talento no picadeiro de um riquíssimo cirquinho de horrores. Paraty, 2006.

(Marcelo Mirisola)

21 agosto 2006

Resenha na Revista Estudos Feministas

O volume 14 da Revista Estudos Feministas, da UFSC, foi lançado e está disponível em html (veja aqui). O tema é Raça, sexualidade e saúde e entre os trabalhos há uma resenha minha a respeito do livro Ao homem que não me quis, da Ivana Arruda Leite.

Arte cubana no CCBB

Até 24 de setembro, estão expostas mais de cem obras de 61 artistas cubanos, no CCBB. Os trabalhos, expostos sob um panorama histórico, são oriundos do acervo do Museu Nacional de Bellas Artes de Cuba e de coleções dos próprios artistas. Eu já vi o conjunto, em São Paulo, e é realmente fabuloso. Vale conferir.

25ª Feira do livro de Brasília

Semana que vem, em 25 de agosto, começa a 25ª Feira do livro de Brasília. O homenagedo da edição é Mário Quintana. Entre os convidados, estão Ignácio de Loyola Brandão, Milton Hatoum, Marcelo Rubens Paiva e Marcelino Freire. A participação nas palestras e nos bate-papos do Café Literário requerem inscrição prévia. Informações no site.

17 agosto 2006

Palestra sobre o Festival do Minuto

A coordenadora do Festival Regional do Minuto de Brasília, Anna Karina de Carvalho, ministra hoje palestra sobre o festival. Serão exibidos filmes de mostras anteriores. Com o tema "Comunidades da Internet", o festival tem o objetivo de estimular profissionais e amadores a produzirem filmes com até 1 minuto de duração. A mostra competitiva acontece em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Brasília. Nesta capital, de 17 a 21 de outubro. A palestra é hoje, às 19h, no Teatro da Caixa (Setor Bancário Sul).

"Prêmio Nobel a puta que o pariu"

A coisa ferveu. O embate, sempre muito construtivo, entre visões tradicionais e vanguardistas sobre literatura deu o tom das conversas da mesa que reuniu Marcelino Freire, Nicolas Behr e Salomão Sousa, no ENEL. Destaque para o comentário de Freire a respeito do fato de o Brasil não ter um Prêmio Nobel de Literatura, levantado por Sousa. Disse o escritor pernambucano, ao lembrar uma história inusitada ocorrida pouco antes (leia aqui), na FLIP, que prêmio Nobel não é porra nenhuma, que não adianta nada o escritor premiado não ser capaz de interagir com o público etc. etc. etc. "Prêmio Nobel a puta que o pariu" foi a frase que fechou a sessão, debaixo de aplausos.

Conheci o Nicolas Behr

Na mesma palestra, conheci, enfim, o poeta "brasiliense" Nicolas Behr. Comprei e ganhei livros dele e já estou lendo. Coisa nova, boa, seca, concisa. Gosto disso. Depois que terminar comento mais.

14 agosto 2006

Errata sobre ENEL e outras conversas

A mesa redonda que vai reunir Marcelino Freire, Nicolas Behr e Salomão Sousa, no ENEL 2006, acontece amanhã no anfiteatro 2, da UnB, e não no anfiteatro 9, como tinha anunciado abaixo.

ENEL hoje - os poetas Fabrício Carpinejar e Affonso Romano de Sant'Anna falarão sobre cultura contemporânea, mediados pela profª da UnB Sylvia Cyntrão. Desta vez, no anfiteatro 9, às 10h. Também imperdível.

FLIP 2006 - a Festa Literária Internacional de Parati terminou. As notícias estão correndo, com vários enfoques. Vale ler a coluna do Paulo Paniago no Pensar do último sábado e as matérias da Folha de S. Paulo e do Jornal do Brasil. As notícias oficiais estão aqui.

Lançamento amanhã - a jornalista Ana Maria Lopes lança amanhã, pela editora LGE, o livro Conversa com verso, às 19h, no restaurante Carpe Diem (104 Sul).

10 agosto 2006

Caminhos e descaminhos da literatura contemporânea

Estão confirmadíssimos para a mesa Caminhos e descaminhos da literatura contemporânea, no ENEL 2006, os escritores Marcelino Freire, Nicolas Behr e Salomão Sousa. Freire acaba de ganhar o prêmio Jabuti, na categoria Contos e Crônicas, com o livro Contos Negreiros. Behr e Sousa são poetas escolados de Brasília, independentes e polêmicos. Imperdível. O debate acontece às 10h da próxima terça-feira, dia 15, no anfiteatro 9, no ICC Sul, no campus da UnB. Outras informações sobre o ENEL 2006,
clique aqui.

Lançamento hoje

A festejada poeta potiguar Marize Castro lança hoje o livro Esperado ouro, às 19h30, na livraria Café com Letras (203 Sul). O livro, que sai pela editora Una, já recebeu destaque na seleção da revista CULT. Marize nasceu em 1962, é poeta, jornalista e autora dos livros Poço. Festim. Mosaico. (1996), Rito (1993) e Marrons Crepons Marfins (1984).

08 agosto 2006

Extra extra: Contos negreiros ganha Jabuti

Estou aqui arrepiada. Um livro assim, olhem: aberto, escancarado. E firme, denso, tenso. Como é que não ganha o Jabuti? Ou como é que ganha o Jabuti? (não vamos esquecer a pergunta do próprio Freire: mudou o Jabuti ou mudou(aram) ele(s)? Oh, céus...) Numa resenha publicada na revista Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, n° 26, eu vou mais fundo nos Contos negreiros (Record, 2005). Vale conferir. E vale conferir, claro, o próprio livro. Como disse, aberto. Esperando movimento do leitor, incômodo, balanço e, quem sabe, mudança. Parabéns, Marcelino.
Revista Literatura n° 31

Recebi há algumas semanas, em casa, o número 31 da revista Literatura. Fundada e editada de modo independente pelo escritor cearense Nilto Maciel, a revista é referência para quem quer conhecer a poesia e a prosa em produção no país e traz, além de textos literários, entrevistas, ensaios e resenhas. Autores jovens e veteranos costumam dividir harmonicamente espaço. Entre os contos deste número, destaco "Cadeira-de-balanço", de Caio Porfírio Carneiro, e "Questão", de Claudio Eugenio Luz, ambos muito curtos, concisos e deliciosos. Interessados na revista devem entrar em contato com Maciel, por meio do endereço abaixo ou por e-mail (niltomaciel@uol.com.br). O número 32 está previsto para outubro e virá com o conto "Fabrício Cidadão dos Santos Ferreira", de minha autoria.

Rua Haroldo Torres, 1111 - apto. 101 - Monte Castelo
Fortaleza-CE - CeP 60.357-100

07 agosto 2006

Dicas e comentários ligeiros

1) Literatura
Está em vias de ser lançada a coletânea Todas as gerações, com contos de cem escritores que vivem em Brasília. O livro é organizado pelo poeta e prosador Ronaldo Cagiano e sai pela editora LGE. Tem conto meu lá. Logo dou mais notícias.

2) Teatro
De volta o espetáculo Elas.com, em homenagem às mulheres da literatura brasileira contemporânea. Textos de Clarice Lispector, Ivana Arruda Leite, Carolina Maria de Jesus, Hilda Hilst, entre outras, encenados pelo grupo Entrecenas.

E tem mais apresentações programadas:
13 de agosto – Encontro Nacional de Estudantes de Letras/UnB
28, 29 e 30 de agosto – VII Seminário Internacional Fazendo Gênero/UFSC (Florianópolis)
3 de setembro – Feira do Livro/Pátio Brasil Shopping
26 de setembro – Tubo de Ensaio/UnB
18 de outubro – Cenas Poéticas/UnB

3) Congressos
O próprio VII Seminário Internacional Fazendo Gênero é outra boa dica. Entre 28 e 30 deste mês, em Florianópolis, os assuntos em discussão são as questões de gênero. No dia 28, eu apresento, ao lado da profª Tânia Ramos (UFSC) e da doutoranda e amiga do peito Virgínia Leal (UnB), além de Fernanda Deah Chichorro (UFPR), o texto Clara Averbuck e Ivana Arruda Leite: novas escritoras, novos olhares?.

E por falar em seminário, passei a semana no X Congresso Internacional da Abralic 2006, na UERJ. Participei do simpósio "Ficção contemporânea: novas possibilidades = novas abordagens?", junto com pesquisadores de diversas universidades do país. Boas discussões passaram por lá e, como o foco foi literatura contemporânea, muitos dos textos que estão pipocando por aí foram estudados.


Entre 11 e 18/8, acontece em Brasília o XXVII Encontro Nacional dos Estudantes de Letras. Entre os convidados confirmados, estão Affonso Romano de Sant'Anna, Fabrício Carpinejar, Marcelino Freire e Nicolas Behr. Outras informações, clique aqui.

4) Artes plásticas

Alunos do curso de artes plásticas do Departamento de Artes Visuais da UnB apresentam a mostra Identidades poéticas, até 19/8, das 10h às 19h, no Espaço Piloto da universidade. São pinturas, desenhos, fotografias, instalações de 16 artistas.

Começa amanhã (8/8) o Encontro de Arte na Saraiva, em Pernambuco. Ministrado pela artista plástica Karla Melo, o evento é aberto ao público e vai acontecer no auditório da Livraria Saraiva do Shopping Recife. O tema é “Impressionismo e pós-impressionismo. Raiz histórica das vanguardas e da arte moderna”.

5) Curso
Estão prorrogadas até o dia 14/8 as inscrições para o primeiro curso de graduação em Letras – Língua Brasileira de Sinais (Libras) da UnB. Os candidatos têm que ter fluência ou certificado em libras. São 55 vagas. Outras oito instituições de ensino superior do país oferecerão o curso.