31 outubro 2006

Lançamentos hoje

Aqui - do livro novo da Maria José Silveira, na Fnac (Park Shopping), a partir das 19h30.

No Rio de Janeiro - do livro Dicionário de pequenas solidões, do Ronaldo Cagiano, na Casa de Cultura Laura Alvim, a partir das 19h.

26 outubro 2006

Nota de falecimento

Com pesar comunico - e lamento - o falecimento da revista Literatura, editada pelo escritor Nilto Maciel. No auge de sua adolescência, com 15 anos, morre de morte matada o resultado do comprometimento, da força de vontade e do amor pela literatura. Lamento, sem lamentar acriticamente as já lamentadas faltas de incentivo à leitura etc. etc. etc. Sem punhetas (e nada contra as punhetas não-pseudo-intelectuais). Lamento que um trabalho tão bacana, feito com escritores não badalados, e que reúne(iu) coisas interessantes, textos divertidos, experimentais etc., tenha se acabado.

Em breve, receberei alguns exemplares do n° 32, o último número, com um conto meu. Vou ter comigo o histórico último volume. Lamento. Lamento. Lamento. Mas devo confessar que ainda há alguma esperança em mim. Ressuscitará a falecida? Não sei. Será que não poderíamos pelo menos reencarná-la num outro canal (eletrônico)? Será que Nilto já não está fazendo isso nos seus sites? Vale dar uma olhada aqui, aqui e aqui.

Abaixo, veja o comunicado dele sobre o último número da revista e algumas notas de solidariedade.

ÚLTIMO NÚMERO DA REVISTA LITERATURA

Quando decidi voltar de vez ao Ceará, depois de 25 anos em Brasília, onde fundei a revista Literatura, em 1991, decidi também dar por concluído o meu tempo de editor. Entretanto, por insistência de alguns colaboradores, mudei de idéia. O mal, porém, não desapareceu com a mudança de idéia. Falo do mal que tomava conta de mim e me fazia cada vez mais enfastiado. O mal das vaidades, das incompreensões, das maledicências, da falta de apoio. Não de todos nem de muitos.
Desde o primeiro número a revista se editava às custas de alguns amigos. Tentei o sistema de assinaturas. Surgiram cerca de trinta interessados. Ora, o custo final da revista chegava a cerca de três mil reais. Precisaria, portanto, de trezentos assinantes, no mínimo. Nunca busquei patrocínio empresarial, porque nenhum empresário terá interesse em uma publicação de quinhentos a mil exemplares. E concluí: só resta o caminho do associativismo, do cooperativismo. Cada colaborador adquiriria dez a vinte exemplares. Alguns – sobretudo os colaboradores de primeira hora, como A. Isaías Ramires (até o nº 15), Anderson Braga Horta, Aracyldo Marques (falecido logo depois do nº 4), Batista de Lima, Carlos AA. de Sá (até o nº 9), Cleonice Rainho (até o nº 21), Dimas Macedo, Emanuel Medeiros Vieira, Eneás Athanázio, Francisco Carvalho, Francisco Miguel de Moura, Joanyr de Oliveira (até o nº 22), João Carlos Taveira, Jorge Pieiro, Leontino Filho, Sérgio Campos (falecido em 1994) e Uilcon Pereira (falecido em 1996) – alguns aceitaram de pronto o projeto. Mais tarde, juntaram-se ao grupo outros colaboradores, como Alice Spíndola, Ary Albuquerque, Aricy Curvello, Astrid Cabral, Caio Porfírio Carneiro, Clauder Arcanjo, Dilermando Rocha, Glauco Mattoso, Hamilton Monteiro, Henriques do Cerro Azul, Hiirís Lassorian, Jorge Tufic, José Hélder de Souza (falecido há pouco tempo), José Peixoto Júnior (até o nº 23), Nelson Hoffmann, Olney Borges Pinto de Souza, Paulo Nunes Batista, Romeu Jobim, Ronaldo Cagiano, Salomão Sousa e Soares Feitosa.
Os principais colaboradores de cada edição garantiam a quitação das despesas com a gráfica e recebiam vinte exemplares. Os demais (a maioria) recebiam um exemplar e nada pagavam.
Aos que nos procuravam eu explicava como a revista sobrevivia. Algumas respostas chegaram a me causar nojo, como aquela em que o “colaborador” me dizia: “Com trinta reais jantarei uma bela pizza com minha família”. Referia-se a três exemplares apenas.
Recentemente uma candidata a colaboradora me escreveu uma mensagem e me solicitou o envio do boneco da revista. Se tudo estivesse bem (a revisão do texto, a nota biográfica dela, etc), autorizaria a publicação do seu conto. Depois, que eu lhe enviasse um exemplar. E ponto final.
A gota d’água veio com a seguinte mensagem, de um colaborador mais ou menos antigo: “assim que tiver um exemplar disponível, por favor, me mande um urgentíssimo. Quero ver como ficou. Depois, conversamos, faço pedido. Se sair a contento, é claro”. E prosseguia: “conto com três coisas: a) Uma revista que me deixe bem; b) Um preço razoável; e c) um pouco de compreensão na maneira de fazer o pagamento”. Ora, de tudo ele já sabia: do preço do exemplar, da cota que lhe cabia, etc.
Cansado de tantos aborrecimentos, dou por concluída minha missão de divulgador literário ou editor de revista. Literatura chegou ao seu último número, o 32º. Como poucas no Brasil.
Fortaleza, 21 de outubro de 2006.
***
24/10/2006
Nilto querido, li a carta em anexo e fiquei muito triste. Fiquei chocada com a insensibilidade das pessoas. Se tivesses me dito, eu também poderia ter tentado ajudar. Não gosto tanto assim de pizza (se ainda se podem fazer piadas nesse momento). A virtualidade parece ser a alternativa para literatura no Brasil, que se faz cada vez mais de blogs e de revistas eletrônicas. Triste caminho. Os fetichistas, que gostam de algo palpável em forma de livro, são cada vez mais caros e parecem cada vez menos dispostos a pagar pelo objeto de desejo. Um abraço muito carinhoso, Ana Carolina da Costa e Fonseca (Berlim, Alemanha)


Caro Nilto,
Li o anexo do seu site sobre o fim da revista Literatura. A princípio, chocou-me a inesperada atitude tomada pelo amigo. Mas, depois, ao avaliar bem suas condições de editor, acabei te dando razão: não vale a pena continuar esse trabalho quixotesco num país em que tudo se pauta pelo valor da moeda. Creio que você, ao levar a revista ao número 32, foi um verdadeiro herói. Poucas publicações tiveram tantas edições ininterruptas quanto Literatura – Revista do Escritor Brasileiro. De todo jeito, meus parabéns pelo trabalho diligente feito ao longo de tantos anos. Estou com você. Conte comigo para o que der e vier.
João Carlos Taveira (Brasília)

25/10/2006
Caro Nilto: Gostei do desabafo. Por tudo que li, era mesmo insustentável que você ficasse fazendo essa revista, com tanta gente ingrata e má pagadora... O grande problema está aí, na leviandade das pessoas, mesmo das que supostamente deveriam ser mais interessadas. E gente bem-intencionada por vezes não tem um puto no bolso e não pode ajudar mesmo. Mas, o sujeito que prefere as pizzas é um autêntico personagem de nosso tempo, um pulha tranqüilo, um monstro impenitente, cuja desfaçatez é bem reveladora da época em que vivemos... Ele talvez represente, como um extremo grotesco de franqueza canalha, o que muitos outros pensam, mas não dizem... Outro dia, conversando com a Rosângela sobre o mundo literário, quando ela se queixou da pouca solidariedade das pessoas, algumas famosas, e das evasivas que essas dão quando expomos o problema de estarmos em busca de editoras, eu disse a ela que é assim mesmo... Acabei dizendo uma coisa que me parece quase invariável: eles, os que têm editoras e o mais, se portam como acomodados que, do convés de um navio, olham pra gente, que está em alto mar se afogando, e nos advertem para uma onda perigosa, para um tubarão, par isto ou aquilo, mas jamais, em nenhuma hipótese, em momento algum, nos atiram uma corda... Que fazer? O egoísmo humano está em tudo, mesmo nas profissões que gostam de parecer "nobres". E nestas a hipocrisia é ainda maior...(...) De qualquer modo, ainda voltando a teu desabafo, quero dizer que fico feliz de te ver livre do peso dessa publicação. Dê-se mais tempo pra simplesmente escrever teus contos, pra viver mais pra você mesmo. O grande problema é que ser muito corporativista e amigo, hoje em dia, não está valendo nada. As pessoas simplesmente são sórdidas e tendem a se aproveitar sem maiores escrúpulos. E o santo acaba sendo um otário que joga a sua própria vida fora em troca dos que engordam com suas gentilezas sem reciprocidade nenhuma... Tal é a decadência em que vivemos, debaixo desse capitalismo completa e irremediavelmente torpe.
Abraços. Chico Lopes (Poços de Caldas, MG)

Prezado NILTO, Li e lamento profundamente sua nostálgica despedida desse trabalho altruísta, abnegado e quixotesco. Quem perde é a Literatura brasileira. Depois de tantas incompreensões, motivadas pela vaidade, narcisismo e empáfia de alguns de nossos colegas de ofício, não dá para continuar a ser muro de pancada. Todos somos testemunhas de seu empenho nesses anos todos, tirando dinheiro do próprio bolso para cobrir as despesas de edição, correios, telefonemas etc. E ainda ter que agüentar desaforo. Lamentável também a inércia, indiferença e pouco-caso dos órgãos públicos. Apesar da Lei Rouanet e das leis de incentivo, preferem direcionar subsídios para projetos de mega exposição a dar uma minguada quantia a uma edição de 500 ou 1000 exemplares, que para eles, é pouca vitrine.Que pena!!!! Mas o seu trabalho ficou na história.Ronaldo Cagiano (Brasília)

Caro Nilto, lamento imensamente que a Revista não saia mais. Por outro lado, compreendo o seu ponto de vista. É de fato uma luta desigual... Assim, ao mesmo tempo que lamento a parada, cumprimento o amigo por ter tido ânimo para pôr na rua 32 números, ao longo de tantos anos. A Revista fez história, e isso conta. Grande abraço. Anderson Braga Horta (Brasília)

Seria uma perda lastimável a interrupção da revista. Principalmente em um momento onde há poucos canais sérios e legítimos para a divulgação da literatura. Li o anexo e, com toda razão, os custos não são baixos. Para aquelas pessoas que não compreendem o esforço empreendido, não apenas na confecção, mas na seleção dos textos, na elaboração, não compreendem o valor intrínseco que subjaz em cada número. Uma revista que chega ao número 32, principalmente nesse país, onde a escrita e a leitura ainda é para poucos, deveria estar sendo abraçada com carinho e protegida. Penso que existam outros meios de mantê-la em circulação. Talvez tornando-a semestral, ou até mesmo anual. Diminuir a tiragem, aumentar o preço de capa. Solicitar uma maior colaboração. Ora, o fim da revista seria uma perda lastimável. Foi através de você e da revista que pela primeira vez consegui publicar meus escritos e atingir lugares e pessoas que nem sonhava. Se você perde colaboradores antigos, ganha novos. Estou profundamente abalado. Friso novamente, a revista Literatura está fazendo a história da Literatura brasileira. Se depender de mim, aumente a minha cota, por favor, por aqui eu me viro. Cláudio Eugenio Luz (Santo André, SP)

Companheiro Nilto, foi com lágrimas nos olhos que concluí a leitura da sua decisão. Agora bato no peito e digo: a revista vai continuar. Vamos nos reunir, quem você quiser, e vamos discutir alternativas. Eu tenho idéias. Batista de Lima (Fortaleza, CE)

Prezado Nilto, lamentavelmente não poderei adquirir os números, não por negligência ou falta de interesse. Há pouco mais de um mês sofri um pequeno acidente aí em Fortaleza, o que me deixou desfalcado em quase todos os sentidos (principalmente física e financeiramente). Que pena a revista chegar ao fim. Infelizmente me sinto culpado (ainda que involuntariamente) pelo insucesso da revista. Abraço, Társio Pinheiro

24 outubro 2006

Cinco atividades para o resto de outubro

1) Concursos: Promoção Universia halloween de contos. Inscrições até dia 31. Aqui. e 1º Concurso Literário Guemanisse de Crônicas e Trovas. Inscrições até dia 30. Aqui.

2) Próxima quinta: 4° Festival Literário e Poético do colégio Stella dos Cherubins, em Planaltina. A partir de 19h30.

3) A Revista Ártemis recebe até o dia 31 artigos, ensaios, resenhas e relatos de pesquisa sobre estudos de gênero, sexualidades, teoria feminista e multiculturalismo. Normas e outras informações aqui.

4) Dia 31 também tem lançamento do livro Guerra no coração do cerrado, de Maria José Silveira. Na Fnac (Park Shopping), a partir das 19h30.

5) Acabo de receber o livro Minimalistas, com os contos e haicais vencedores do 1° Concurso Guemanisse de Minicontos e Haicais. Nele, o meu "Francisco", que recebeu menção honrosa.

Cinco promessas para novembro

1) Cronicamente Viável, com Nirlando Beirão e Wellington Pereira, no auditório do CCBB. Dia 3, às 19h30. Entrada franca.

2) A partir do dia 9: VIII Festival Internacional de Cinema de Brasília, o FIC Brasília, com exibições na Academia de Tênis.

3) Dias 16 e 17, tem a Jornada de Gênero, organizada pela profa. Paloma Vidal, na UnB. Logo logo dou outras informações.

4) 1ª Mostra Internacional de Literatura - Poesia & Prosa "Diadema - Território Livre da Palavra", de 17 a 30, em Diadema-SP, promovida pela Secretaria Municipal de Cultura e pelo Grupo Palavreiros. Outras informações aqui.

5) Dia 21 começa o 39° Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, com mostras competitivas em 35mm e 16mm, além de encontros, cursos, debates, seminários, homenagens, mostras paralelas de filmes nas cidades satélites.

18 outubro 2006

São Paulo badalada

Começa amanhã o mega evento Baladas Literárias, em São Paulo. Idealizado por Marcelino Freire, tem como objetivo reunir escritores, músicos, atores, dramaturgos em lançamentos, debates e, principalmente, cervejas, na Vila Madalena e na Praça Roosvelt. A balada começa com o lançamento do livro Sonho interrompido por guilhotina (ed. Casa da Palavra), de Joca Reiners Terron, na Mercearia São Pedro, a partir das 20h. No dia 20, destaque para a mesa n° 3, em que Xico Sá recebe Nelson de Oliveira, Santiago Nazarian e Sérgio Sant’Anna (às 17h, na Livraria da Vila). Em seguida tem o lançamento da antologia Quartas histórias: contos baseados em narrativas de Guimarães Rosa (ed. Garamond), organizada por Rinaldo de Fernandes. Nela, alguns nomes da nova geração, como André Sant'Anna, José Rezende Jr. e Marcelino Freire, e da geração anterior, como o grande escritor cearense Nilto Maciel (às 20h, na Mercearia São Pedro). Dia 21,
Ivana Arruda Leite recebe Flávio Moreira da Costa, Luiz Roberto Guedes e Rinaldo de Fernandes (às 10, na Livraria da Vila). O poeta mato-grossense-brasiliense Nicolas Behr participará da mesa seguinte, às 14h30, no mesmo local. As Baladas seguem até o dia 31. Para saber das outras atrações, clique aqui.

Depois do fantasma, a guerra

Maria José Silveira lança em Brasília, em 31/10, o livro Guerra no coração do cerrado (ed. Record). Dela, estou lendo neste momento O fantasma de Luis Buñuel (ed. Francis), que conta a história de um grupo de amigos que conviveram na Brasília dos anos 1960, sob a Ditadura Militar. Um bom romance (ainda não terminei) e um belo registro histórico. O lançamento acontece a partir das 19h30, na Fnac do Park Shopping.

Vaga Lume

Acabo de conhecer, por aqui, a Associação Vaga Lume, ong que tem como missão promover o desenvolvimento cultural e educacional de comunidades rurais e contribuir com a troca de conhecimento entre a população da Amazônia e outras regiões do país. Entre as atividades, há algumas que têm como foco o incentivo à leitura. Vale conhecer o projeto Expedição Vaga Lume e passear pelo site.

16 outubro 2006

Dicas para a semana

Próxima quarta tem bate-papo com Moacyr Scliar no quinto encontro do programa Vertentes Literárias, às 19h, no auditório do Centro Cultural do Banco do Brasil (Setor de Clubes Sul).

Na quinta, haverá o lançamento da revista Cerrados, da UnB. O tema desse número é "Literatura e práticas sociais" e tem um artigo meu, em parceria com a poeta Laeticia Eble (veja alguns poemas dela aqui). No lançamento, haverá mesa de debates com a profa. Dra. Sara Almarza e prof. Dr. João Vianney Nuto, coordenada pela profa. Sylvia H. Cyntrão. Às 16h, no auditório Dois Candangos, na UnB.

Dicas para novembro

Em novembro, Brasília ferve com dois festivais bacanas de cinema. A partir do dia 9, teremos o VIII Festival Internacional de Cinema de Brasília, o FIC Brasília, com exibições na Academia de Tênis. A novidade é o grande espaço reservado ao cinema brasileiro. E por falar em filmes nacionais, no dia 21, é a vez do 39° Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, com mostras competitivas em 35mm e 16mm, além de encontros, cursos, debates, seminários, homenagens, mostras paralelas de filmes nas cidades satélites. Imperdíveis.

11 outubro 2006

Cenas poéticas

De 17 a 19 deste mês, acontece o Cenas poéticas, como parte da programação da IV Semana de Extensão, na UnB. São apresentações, debates, espetáculos, que misturam literatura e outras artes. Veja a programação completa abaixo e clique aqui para outras informações.

17/10
19h30 - Abertura
Apresentação do Grupo Madrigal de Brasília
Auditório Dois Candangos

21h - Espetáculo poético-teatral
Chacal e Ricardo Corona
Teatro Helena Barcelos ( Artes Cênicas)

18/10
9h - Mesa Temática: Literatura e estudos interartes
JORGE DE LIMA, ENTRE ORFEU E MIRA-CELI, profa. Dra. Gênese Andrade (USP)
A POESIA DE MARIO DE ANDRADE: O MUNDO HABITÁVEL, profa. Dra. Adna Cândido de Paula (UnB)
RESPIRADOUROS NA CIDADE: LITERATURA E ARTE NO CHILE DITATORIAL, profa. Dra. Paloma Vidal (UnB)
Auditório Dois Candangos

11h30 - "Cora Coralina: o chamado das pedras", direção de Waldir de Pina
"A vida não vive", di
reção de Amarildo Pessoa e Kátia Jacarandá
Auditório Dois Candangos


14h - Leitura Dramática: FAZENDO CENA COM CARPINEJAR, direção de Julliany Mucury
Auditório Dois Candangos

16h - Oficina Poesia não é elogio: desaforando a Vida, por Fabrício Carpinejar

17h30 "Clandestina Felicidade”, direção de Beto Normal e Marcelo Gomes
"Por causa do Papai Noel", direção e roteiro de Mara Salla

19h30 - Leitura e Debate: Elizabeth Hazin, Ana Agra e Dora Duarte
Auditório Dois Candangos

21h - Espetáculo poético musical
"Miolo de Pote da Cacimba de Beber do Povo Lindo Misturado"

Teatro Helena Barcelos (Artes Cênicas)

19/10
9h30 - Mesa temática:A poesia e o teatro de Hilda Hilst
A ESCATOLOGIA DO PORVIR - METAFÍSICA E HISTÓRIA NO TEATRO LÍRICO DE HILDA HILST, prof. Dr. Gilberto Martins (UNESP – ASSIS)

TRADUZIR HILDA HILST, prof. Dr. Álvaro Faleiros (UnB)
Auditório Dois Candangos

11h30 - "Clandestina Felicidade", direção de Beto Normal e Marcelo Gomes
"Por causa do Papai Noel", direção e roteiro: Mara Salla

14h30 - Mesa temática: Diálogos teatrais, com Marcos Antunes
Conexões em cena: a luta pela terra em dois momentos do teatro brasileiro, com Rafael Villa Boas (Doutorando – UnB)

16h - Lançamento da Revista Cerrados nº 21
Tema: Literatura e Práticas Sociais

Mesa de Debates: profa. Dra. Sara Almarza e prof. Dr. João Vianney Nuto, com coordenação de Sylvia H. Cyntrão
Auditório Dois Candangos

17h30 - "Cora Coralina: o chamado das pedras", direção de Waldir de Pina
"A vida não vive", direção: Amarildo Pessoa e Kátia Jacarandá

Auditório Dois Candangos

19h30 - A poesia de ALICE RUIZ

21h - Encerramento
Apresentação do espetáculo Elas.com, d
ireção de André Luís Gomes
Teatro Helena Barcelos (Artes Cênicas)

10 outubro 2006

Recomendo

A leitura de A rosa gótica (ed. Thesaurus), de Nilto Maciel. No romance, vencedor do Prêmio Cruz e Souza, Victor Hugo narra a história (real ou fictícia?) de um romance medieval (real ou fictício?) escrito ou traduzido por um primo (real ou fictício?). Conciso e cheio de divagações, o livro traz, de modo transversal, um olhar sobre a velhice. Vale a leitura.

O download e leitura do livro Dentes guardados, do Daniel Galera. Com contos novos de um autor jovem, com seus narradores recém saídos da adolescência. Boas histórias, com olhar novo ou requentado sobre o amor, as relações, a interação com a vida. Baixe aqui.

A reserva de alguns minutos para ouvir o novo disco do Cordel do Fogo Encantado. O show, como disse, é visceral. O novo cd, Transfiguração, é o menos percusivo, o mais melodioso. As letras são deslumbrantes. Informações e download de algumas músicas, aqui.

Divulgo

O novo livro de Luiz Ruffato: Vista parcial da noite (ed. Record). Não li ainda, mas o release diz que "dá continuidade às histórias da série Inferno Provisório, cujos dois primeiros volumes conquistaram o Prêmio APCA de melhor romance de 2005". Esses volumes são Mamma, son tanto felice e O mundo inimigo (da mesma editora). "Por meio das existências mesquinhas e miseráveis de seus personagens, ele constrói um quadro pungente da realidade brasileira. O cenário das narrativas que compõem o romance é a mesma cidade de Cataguases feita de palavras, tendo o Beco do Zé Pinto como eixo aglutinador de fatos e de personagens". E mais: no livro, "intensifica-se o processo de degradação dos personagens; o Inferno Provisório parece tornar-se mais explícito para seus ocupantes". Vista parcial da noite deve chegar às livrarias em 17 de outubro.

Conclamo

Paulistanos ou aqueles que estejam de visita à maior cidade brasileira para participarem do Balada Literária. De 19 a 22 de outubro, escritores, músicos, fotógrafos, atores etc. se reunirão na Vila Madalena e na Praça Roosvelt para conversas, lançamentos, performances, exposições, shows e cervejas. Outras informações aqui.

09 outubro 2006

Igualdade de gênero

Estão abertas até o dia 31 de outubro as inscrições para o 2° Prêmio Construindo Igualdade de Gênero, promovido pelo CNPq. O objetivo é estimular estudantes do ensino médio, graduação e pós-graduação a refletirem sobre o porquê da existência de relações desiguais entre mulheres e homens. São duas categorias: artigos científicos e redações. A primeira, abrangerá trabalhos de alunos de graduação e pós-graduação de qualquer instituição de ensino superior reconhecida. A segunda, textos de estudantes do ensino médio de todo o país. Os prêmios para estudantes do ensino médio são computadores ou computadores com impressoara, de acordo com a subcategoria; para os de graduação e pós-graduação os prêmios são em dinheiro e variam de R$ 5 mil a R$ 10 mil. Clique aqui para outras informações.

Som-on-line

O poeta Marcelo Sahea está musicando/sonorizando alguns de seus poemas concretos. Vida mais concreta aos versos quebrados, fragmentados, rompidos. Escute aqui. E leia um deles abaixo.

as cores ficaram azuis
as coisas ficaram luz
as casas viraram iglus
os becos viraram cus
os corpos ficaram nus
os corvos e os urubus
obstáculos e íncubos
os súcubos e a cruz
as putas e o sus
os últimos ônibus
os ois e os adeus
os teus e os meus
exus e deus

Encontro Gelco

Começou hoje o III Encontro Nacional do Gelco (Grupo de Estudos de Linguagem do Centro-Oeste). O grupo, criado em outubro de 2000, reúne profissionais das áreas de lingüística, línguas e literaturas na região centro-oeste do Brasil. O encontro vai até quarta, dia 11, e tem como tema "Línguas, Literaturas e Culturas". Para acessar a programação e outras informações, clique aqui.

06 outubro 2006

Na UnB

Hannah Arendt - De 9 a 14 de outubro, o Departamento de Filosofia e o Instituto de Ciência Política da UnB promovem o simpósio A vida como amor mundi: Hannah Arendt entre a filosofia e a política. Clique aqui para outras informações e veja abaixo a programação de segunda-feira.

9h - minicurso 1 (Sala de mestrado do FIL – ICC Norte) "Hannah Arendt e Karl Jaspers", com Ana Miriam Wuensch (UnB) e Gerson Brea (UnB);
9h - minicurso 2 (Auditório do IH – ICC Norte) "Hannah Arendt e Nietzsche", com Rogério Basali;
14h30 - mesa-redonda 1 (Salão de Atos da Reitoria) "Hannah Arendt e a justiça", com Christina Ribas (UFPG) e "A política no pensamento de Hannah Arendt", com Maria Francisca Coelho (UnB);
17h - solenidade e conferência (Salão de Atos da Reitoria) A idéia de liberdade como práxis política na “Teoria da ação Comunicativa” de Hannah Arendt, com Carlos Kohn (Universidade Central de Venezuela) .

Extensão - Termina segunda o prazo para se inscrever pela internet na VI Semana de Extensão promovida pelo Decanato de Extensão da UnB. Depois dessa data, só nos balcões do Minhocão (até o dia 20). O evento, que começa dia 17, tem como tema "Criatividade e produção do conhecimento" e é aberto ao público. Outras informações aqui.

No Caixa Cultural

O cantor e compositor paraibano Chico César se apresenta no teatro do Caixa Cultural, nos dias 7 e 8. É o show De uns tempos pra cá, uma parceria com o grupo de cordas Quinteto da Paraíba, lançado no ano passado. Sábado, às 21h, e domingo, às 20h. Os ingressos custam R$ 20 e R$ 10.

No CCBB

O programa Vertentes Literárias traz Moacyr Sclyar no dia 18 de outubro, às 19h. A entrada é franca.

Nas árvores

O Barão... e eu, quase. Puta que pariu, você tem que ouvir a música "Sobre as folhas", do Cordel do Fogo Encantado. Dá pra fazer download aqui.

03 outubro 2006

Escritores do mal

Hoje, apenas uma dica imperdível: o site/blog Mal de Montano, cheio de textos, escritores, palavras, pessoas, entrevistas, fotos, um monte de coisa. Tudo setorizado, como Brasília: contos, poemas, resenhas, mal do dia, debates, montano por um dia etc. etc. etc. Só passeando por lá. Por aqui.