03 fevereiro 2007

Paulo Coelho, o saco de pancadas, e reflexões sobre comunicação e literatura

Acabo de receber do prof. pernambucano Janilto Andrade os livros A arte e o feio combinam?, sobre textos de Marcelino Freire e que eu já tinha lido e observado pontos positivos e negativos na abordagem do professor, e Por que não ler Paulo Coelho, que me deixou curiosa. Eu, que nunca li nada do mago, mas que não antevejo motivo para não arriscar, faço coro ao grande crítico literário Saulo Costela, que afirma que a distinção proclamada sobre o que é ou não literatura – um exemplo está na já comentada coluna L2 do Pensar de ontem, em que Sérgio Sá diz que Paulo Coelho não é literatura – não passa de uma grande ficção e que “as intempéries literárias que tem abatido o Planalto Central se devem ao furor vaidoso típico de felinos, mas cuja bosta produzida não têm a mesma elegância da dos gatos de verdade”. Mas lerei a defesa pela não leitura de Andrade. Ops, de Coelho. A defesa de Andrade sobre a não leitura de Coelho. Isso.

Também recebi das mãos do poeta e professor Gustavo de Castro os livros Ensaios de complexidade, Jornalismo e literatura: a sedução da palavra, O mito dos nós: amor, arte e comunicação, Sob o céu da cultura, Filosofia da comunicação e Complexidade à flor da pele: ensaios sobre ciência, cultura e comunicação, todos de Gustavo ou com participação dele. E ele também me entregou A evolução do cinema brasileiro no século XX, de Ricardo Wahrendorff Caldas e Tânia Montoro (ela, que foi minha orientadora no trabalho de fim de curso nos tempos remotos em que me formei em jornalismo), da Casa das Musas, editora de que Gustavo é sócio. Não vai faltar o que degustar e pensar nos próximos meses.

Literatura contemporânea em debate

Está em vias de ser lançado o número 28 da revista Estudos de literatura brasileira contemporânea, organizada pela profª Regina Dalcastagnè, da UnB. Além de minha resenha sobre Contos cruéis: as narrativas mais violentas da literatura brasileira contemporânea (organização de Rinaldo de Fernandes, Geração Editorial), o volume traz textos sobre Pena de aluguel (Cristiane Costa, Companhia das Letras), da pesquisadora e amiga Virgínia Leal, e sobre Joana a contragosto (Marcelo Mirisola, Record), com uma leitura muito reveladora de Anderson da Mata, também doutorando e amigo. Logo darei notícia do lançamento.

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