12 setembro 2012

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Lázara

Já estou malhando mais efetivamente. Notam-se músculos saltados nas minhas coxas, os braços mais definidos, barriga travada, bunda empinada. Sim, eu poderia ser uma mulher fruta. Os cabelos vou descolorir amanhã e, na terça, pego a roupa na costureira - a roupa do vídeo. Comprei vários shorts pequeninos. Exibo diariamente uma silhueta invejável, bronzeada e saudável. Simpatia? Na maioria dos dias, sim. Tranquei a faculdade de fisioterapia, que faço só para passar o tempo porque gosto de corpos. Sou oftalmologista (gosto de olhos também) e já pedi licença do hospital em que trabalho. Porque agora tenho apenas dois objetivos: passar na cara do César o que ele perdeu e entrar no Big Brother Brasil 13.

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Janaína

Devia ser algo mágico, impossível de compreender com as partes do cérebro que resolvemos - humanos - desenvolver. Para lidar com qualquer um neste mundo, tudo normal. Para lidar com a professora, não. Ela entendia Janaína sem que esta precisasse ser muito específica ou detalhista ou objetiva. Uma falava e a outra completava, com raciocínio processado, solução e precisão. Haviam sido mãe e filha ou pai e filho ou pai e filha ou mãe e filho em uma vida passada. Ligação forte, fisiológica até. Nesta vida, encontraram-se pelo acaso da busca profissional de Janaína e pelo ofício de Jerusa. E se admiravam do que quiseram chamar de coincidências. Estão, neste instante, quase apaixonadas.

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