E a blogueira poetiza sua realidade
Amarga. A fralda. E ri, sentada, sem graça, a poeta. Bala sugar free. Nada ingere, além de morte e, no extremo, ama. Ama, ama. (fralda) Se falam espíritos, ela escuta, amedrontada. Não cruza, sequer, o caminho para o toalete. A bexiga pode esperar. O coração, nem tanto. (fralda) Confusa recusa a verdade. Acusa, chora. Foge: barcos vikings, Colômbia, babalaôs, gargalhadas-suspiros-cheiros-de-nuvem, friends, tupinambás. (fralda) Pura. E volta, triste, dura e acuada. Vida de açúcar. Jejum indeciso. Vazia repousa, sozinha. Ama e troca fraldas.
Livros e um lamento
Macanudo 4, livro com tirinhas geniais do argentino Liniers, e Mitologia dos Orixás, de Reginaldo Prandi, com um apanhado curioso sobre os deuses da cultura Yorubá.
Morreu hoje, com oficiais 101 anos, Dercy Gonçalves. Cansada, lamento sem nada querer dizer, a não ser: "toca aqui".
Um comentário:
essa realidade muitas vezes anula o que somos,para uma nova versão nossa de cada dia, jogando-nos pra novos olhares, mundos novos que temos que ajustar, descobrir e ajudar na construção...
Já troquei muitas fraldas...agora observo também o mundo pelos olhares daquelas que estavam dentro das fraldas...e as vezes sinto que ainda não larguei elas. As fraldas..rs
Beijo
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