19 junho 2012

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Fabiane

Querem chamar de barulho
Mané zoada, mané bagulho
O que eu faço é dançar e dizer
Danço e digo
Não serve balé e poesia
Coisa de rico
Só voz e letra ninguém quer
Tem que ter palanque
Levar ao mundo a voz-mulher
Sair do tanque

Porque pra mim dizer o rap
Não tem credo, não tem reza
Quem sabe essa realidade
Se ‘amulhera’, se embeleza

Sou da periferia e sou até
Sou guerreira, sou bandida, eu sou mulher
Sou bonita, sou honesta e tô na pista
Quem me quiser, digo: ‘mano, insista’
E meu amante, meu amigo, não reclame
O meu nome eu já lhe disse: Fabiane
Nesse buraco que eu vivo é só alegria
Pobre ajudando pobre todo dia

Porque pra mim dizer o rap
Não tem credo, não tem reza
Quem sabe essa realidade
Se ‘amulhera’, se embeleza

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