21 junho 2012

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Maria Eduarda

Tem rico esnobe, mas tem rico que sabe das coisas, que entende de arte. Hoje, uma mulher linda, cheia de joias, num carrão maravilhoso, assistiu ao meu espetáculo de malabares e, comovida - cheguei a ver lágrimas nos seus olhos -, me deu cinquenta reais. Uma cédula limpinha, verdadeira. Não eram aquelas moedas de cinco ou dez centavos nem aquelas notas velhas de dois reais, remendadas com durex, valor máximo que eu já ganhei de uma pessoa só. Mas sabe o que é isso? É reconhecimento do que é a verdadeira arte. Quem entende, só quem entende o real valor, a beleza, a pureza ética da arte, é que pode ser capaz de reconhecer e valorizar. E estou me sentindo plena hoje. Tenho certeza que fiz uma alma feliz.

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