17 setembro 2012

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Marília

Sonhei com o crápula do Dirceu. Não adiantou acordar no meio da noite, respirar, fazer xixi e tomar água; o sonho continuou até as 7h, em sequência absurdamente clara. Conteúdo real, mas que nunca existiu. Estávamos juntos ainda, mas o sentimento da separação era óbvio. Ele me tratava como uma cachorra. Passava por mim, dentro da casa, com o único cuidado de não esbarrar. Eu o chamava, perguntava coisas, inclusive quis esclarecimentos sobre aquela situação - afinal, não tínhamos nos separado? Ele me ignorava. Parecia apenas tolerar a minha presença. Pouco depois, não estávamos sozinhos. Havia uma moça com quem ele conversava e falava sobre o trabalho e a casa. Com ela, consegui conversar, mas se recusou a me explicar qualquer coisa relacionada ao meu casamento com Dirceu. Comecei a ser tratada por ela como uma clandestina, às vezes efetivamente escondida. Ela me respondia tudo sobre a casa, o trabalho dos dois, os filhos (filhos?). Acordei justo quando presenciava um beijo deles. Apaixonado. É, caiu a ficha. Morri para Dirceu.

Um comentário:

Giovani Iemini disse...

sim.
morremos um tanto nas separações.