03 janeiro 2014

Bandeira


Fosse o que fosse, o vento que fizesse, não havia vista melhor, visita melhor. Seu Dioclécio achava que era o dono: acordava e olhava pela janela; cuidava. Há quem diga que foi ele mesmo que a plantou ali, mas ele negava: foram eles, foram eles! – apontava pra cima. Era coisa de E.T., de disco voador, de UFO. Território. Visita ilustre que não havia. Só a bandeira flanava, acalmava o coração de seu Dioclécio na vertigem que cada dia trazia. Era o seu respirar, antes do primeiro copo d’água.


                              #reveza2x2 - ilustração de Solange Pereira Pinto - conto de Liana Aragão

Nenhum comentário: