29 maio 2012

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Dandara

Desceu ali fazia doze anos, árida como a terra que pisava. Conheceu Rico, quem explorou como pôde (já que ele tinha um trailer) e largou. Afeiçoou-se a um cachorro e com ele dormiu na varanda de uma pousada por alguns dias. Até sentia fome, mas não lhe enfraquecia não comer. Pediu abrigo e emprego na bodega perto da caixa d'água do ACM. Deixaram-na ficar. Mas é preguiçosa e, sem abrir a boca, atrevida. Os longos cabelos louros, que vivem presos, guardam poeira, fumaça de cigarro e histórias de uma vida abastada e infeliz.

3 comentários:

r3 disse...

Ei, Liana! Obrigado pelo link e pela experiência de meter o bedelho com umas palavrinhas nessa sua incrível coleção de mulheres!
hahahahaha
É uma honra, amiga!
beijão

r3 disse...

r3= Rubens (você deve ter percebido)

Setor Literário Sul disse...

kkkkkkkkk. É ótimo escrever contigo, parceiro.