07 julho 2012

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Damascena

Antes de sair para a faxina de sábado, olha-se nua diante do espelho. Gosta do que vê. É atraente, tem olhos brilhantes, boca miúda, peitos firmes e grandes, cintura fina, quadril largo onde tantos homens já cravaram as mãos para firmar o vai-e-vem que ela tanto gosta. Sente falta do Ronald, do Wilton, do Marcelo, do Robson, do Cleyton, do Jura, do Zé Paulo. Cada um, a seu modo, a tinha feito delirar, gemer, pedir mais. Sorri. Passa a mão nas coxas, no sexo (úmido) e acaricia os peitos. Sente o seu cheiro real, o cheiro da manhã, o cheiro de mulher. Mas ouve carros na rua. Já amanheceu. Desiste de se masturbar e vai à luta.

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