08 setembro 2008

Taguatinga, xixi e flor

Depois de uma segunda-feira cansativa, peguei meu calhambeque para um encontro em Taguatinga. Tudo bem marcado e nada menos que 35km e um trânsito infernal me separavam do espaço de paz. Marcado? Tudo fechado, portão, cadeado. Liguei pro Gu: "tá em casa? quero fazer xixi...". E ele: "não tô, mas pode ir lá". E me deu seu endereço. Em minutos, me vi tocando a campainha de uma bela casa bastante habitada de gente que nunca vi. Além do xixi, que fiz envergonhada, me aliviei diante da simpática - para dizer pouco, muito pouco - Florence Dravet, que me presenteou com o seu novíssimo Rascos de Brasil inteiro - 1. Iara. É de se acreditar? A pessoa enfrenta longo asfalto para mijar e ganhar um belo livro? Ou isso é mais um miniconto? Deve ser. Pois provo - delícia - com o trecho do poema "Força nua" abaixo:

Iara ri, linda e nua, no alto da Sé.
E elas correm, peças ao vento
A liberdade à mostra.
Elas se encolhem e caminham, envergonhadas,
de volta à casa;
Diante dos homens às calçadas.
E as velhas à janela balançam a cabeça.

Crônica sobre mercado n'O Povo

De volta à realidade, foi publicada crônica de Raymundo Netto no jornal O Povo. "Lançamentos de livros" trata dos autores cearenses desconhecidos e sua busca por um público leitor para o lançamento de suas obras. Veja.

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