03 setembro 2008

Brasília respira poesia?

No meu mundinho-sem-tv-e-jornal-não-por-opção-mas-por-cansaço, a Bienal de Poesia anda relegada a segundo plano. Mas isso não há de ser real - vivo, afinal, em meio ao surreal mundo das fraldas, mamadeiras, bochechas fofinhas, "mamã" e Caixa Econômica -, pois o evento, que teve início hoje, não reúne meia dúzia de recitadores empolgados. É uma puta estrutura, com não sei quantos poetas, críticos, atores, músicos, cineastas espalhados pela cidade em lançamentos, mostras de vídeos, simpósios, saraus etc. Fabrício Carpinejar e Nicolas Behr participam. É, parece que Brasília anda respirando poesia. O Alexandre Marino, por exemplo, estará amanhã no Martinica Café, com vários outros jornalistas-escritores. Será às 21h30. Veja a programação.

E por falar em gente empolgada com literatura, a mineira Consuelo Rezende lançou hoje o seu Narco-íris, de poemas, do qual falei há alguns dias aqui, no Café Cultural da CAIXA.

Rápidas acadêmicas

Em 9 e 10/10, acontece o 9° Encontro de Ciência Empírica em Letras, na UFRJ. O evento funciona como um fórum de discussão de estudos interdisciplinares que privilegiam a abordagem empírica. Outras informações aqui.

A Comunicologia, revista eletrônica do mestrado em Comunicação da Universidade Católica de Brasília (UCB) recebe até o dia 30/9 trabalhos para publicação na edição de outubro de 2008. O tema é "cultura mediática". Veja a revista aqui.

CQC

Curtir o programa Custe o que custar, o CQC, da Band, tem sido a atividade da moda entre vários dos meus amigos. Eu já assisti e me diverti, mas ainda não consigo emitir uma opinião sólida sobre o programa. Aos fãs, vale uma passeada pelo blog do Danilo Gentili, o mais engraçado dos "repórteres". Aqui.

01 setembro 2008

Tereza II

As noites de Tetê já não eram as mesmas. Preferia ler J. Borges, o cordelista, em vez dos classudos pomposos autores contemporâneos de outrora. Divertia-se impunemente frente à tv de tela plana e 21 polegadas; cronometrava seus passos, suas atividades. Seu despertador acordava antes mesmo de o dia começar - quisesse ou não, chovesse ou não. Tetê carregava, incansável, o menino, as bolsas e a pedra. Pra cima, pra baixo. Tanto sangue derramado dentro do seu coração.
Eu já disse isso I

"Quando se dessacraliza a literatura, pode-se enxergar sem preconceitos a relação possível dela com as práticas de mercado. Afinal, a literatura é produto e, como tal, é objeto de troca, de consumo. O campo literário abrange não apenas aquilo que se julga inerente ao texto literário ou à presença dos agentes e suas interlocuções, mas também práticas como as publicitárias, cujo objetivo é vender para gerar lucro e não necessariamente emancipar". (Estratégias de atuação no mercado editorial – Marcelino Freire e a Geração 90, p. 121)

Piauiês na Feira do Livro


Paulo José Cunha lança na próxima quinta, dia 4, a 3ª edição da Grande enciclopéida internacional de piauiês. Será na Feira do Livro, a partir das 19h. Cunha é jornalista, professor da Faculdade de Comunicação da UnB e autor de alguns livros.

Clássicos universais (afe!) no Rio

O prof. Leonardo Vieira ministra, a partir de amanhã, dia 2, o curso "Quatro romances universais" (ou seja lá o que ele quis dizer com esse adjetivo). Serão discutidos Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, O som e a fúria, de William Faulkner, As ondas, de Virginia Woolf, e Água viva, de Clarice Lispector. Outras informações pelo e-mail: leonardo33vieira@yahoo.com.br

PS: A Gorducha voltou do Rio e parece estar resfriada, como metade da população de Brasília neste momento. Me contaram que ela fez alguns contatos no meio cinematográfico carioca, mas, tal como acontece aqui, não lhe deram muito crédito. De cama, não perde a Pink Dink Doo ("sim senhore positone").

30 agosto 2008

Tereza I

Terezinha acordou tão menstruada quanto dormira, cuidou do menino, deixou o menino com o pai, lavou o carro, fez análise, voltou, almoçou, reclamou de dor no olho, dormiu, acordou, ouviu, ouviu, ouviu, foi comprar frutas, chorou, voltou, tomou banho de sal grosso, cuidou do menino até ele dormir. Mentalizou os seus guias, pediu força, luz, paz. No vazio da sala, permitiu-se sentir feliz com o cheiro de chuva. Morava na cidade mais seca do mundo.

29 agosto 2008

Narco-nauta

O que você acharia de uma criatura que, de férias, vai pra outra cidade e na sede da empresa em que trabalha resolve passear serelepe vendendo seus livros de poesia? Isso não é um microconto, é fato. Consuelo Rezende, empregada da Caixa Econômica em Minas, de férias (ressalto) em Brasília, passou pela Matriz esta semana e vendeu muitos de seus exemplares. Poemas cotidianos, hifenizados. Cheios de trocadilhos e gracinhas (Marcelino Freire vai gostar!). Aqui uma pequena mostra, parte do poema "Jurimprudência", cujo personagem se chama Feio: "Só ele pra salvar as bonitas, da exceção". O nome do livro é Narco-Íris e o e-mail da Consuelo é consuelorezende@hotmail.com.

Cucurucucu Paloma

A escritora sagaz e competente acadêmica Paloma Vidal dará o ar de sua graça na Feira do Livro de Brasília. Será dia 6, às 19h, no café literário. Ela divide a mesa com Martín Kohan, Daniel Link e Vitor Ramil. Imperdível.

PS: Terá a Gorducha voltado do Rio. Não a vi esses dias...

26 agosto 2008

Leia Sparagmós

Compre batom, compre batom, ops... leia Sparagmós, leia Sparagmós, leia Sparagmós. Funcionou? Agora leia mesmo. Contos deliciosos do meu amigo Manoel Rodrigues, que me deixa orgulhosa por se render aos encantos magnéticos do mundo virtual. Um herói, afinal, tem que ser - ou fingir ser - humano. E cá está o grande Rodrigues, entre os reles blogueiros, para mostrar aos insuportáveis puristas que literatura é "isso aí" (e isso aqui, e aquilo lá e a puta que o pariu). Leia Sparagmós.

PS: O que era raiva virou ódio. Aos poucos, ferida cruelmente alargada. Não sei mais se confio em pessoas ou se são mesmo pessoas aquelas criaturas com quem convivo. Tenho ladras ou opressores-natos em minha volta? Racistas, misóginos, neo-nazi? Companheiros? Amigos? (Gorducha, você bem que podia fazer um filme - um curta que fosse - sobre a mentira e jogar isso na minha cara. Daqui, eu esfrego na cara dos meus confrades. E te dou todos os créditos).

23 agosto 2008

E..

...acesse aqui o n° 21 da bela revista Confraria. Contos, ensaios, poemas, desenhos lindos (e texto de Paloma Vidal).
(agora o blogger me deixou ver e escolher minha fonte e não me sacaneou apagando meu texto. Grata, ó espaço esquisito)
(escrevo pela terceira vez porque a porra do blogger apaga meus textos. E a minha fonte não está disponível!)

A bienal de SP termina amanhã e tem palestra com Fernando Morais, autor da biografia do Paulo Coelho. A feira do livro de Brasília começa dia 29/8 e tem Paloma Vidal na programação.

PS: droga. Lamentei, também duas vezes, o fato de terem rejeitado o projeto da gorducha de filmar um livro do P J Gutierrez (nas duas primeiras vezes escrevi o nome inteiro do autor). E de terem dito a ela que os motivos foram orçamento, inviabilidade técnica etc. Mas o fato é que ela não é o "tipo cineasta". E, triste, ela foi assistir Caetano e Roberto Carlos no Rio. Pagou uma nota.

18 agosto 2008

I BIP em Brasília

E você já entrou no site da I Bienal Internacional de Poesia de Brasília? Não? Pois entre. O evento acontece entre 3 e 7 de setembro em vários locais da capital federal (o Setor Literário Sul será um deles?).

Especialização em Literatura Brasileira na UnB

Estão abertas as inscrições para o Curso de Especialização em Literatura Brasileira, edição 2008. Coordenado por Sylvia Cyntrão, o curso será ministrado por professores do Programa de Pós-Graduação em Literatura da UnB. O objetivo é qualificar professores/educadores a fim de propiciar os meios de entendimento da função da literatura como expressão, questionamento e projeção da realidade nacional e global. Haverá processo de seleção, com análise do currículo e uma prova dissertativa.O edital está disponível aqui. Outras informações: cursolatolit@unb.br, literatura.unb@gmail.com e 61-3307-2357.

17 agosto 2008

Em revistas

O novo livro de Marcelino Freire, Rasif, já foi comentado por vários jornais do país e está em lugar privilegiado na revista da Livraria Cultura, como indicação de lançamento. Pude dar uma folheada no belíssimo exemplar da Record, com capa dura e desenhos, e tirar algumas conclusões prévias. Mas não vou comentar ainda.

E na Marie Claire de julho tem uma entrevista com a eterna adolescente Clarah Averbuck. No melhor estilo Marie Claire, o texto é bem humanizado (na falta de palavra mais adequada) e mostra o que já estamos cansados de ler no blog e nos livros da autora gaúcha. Ela fala da vida não estabilizada financeiramente, do marido, do filme Nome próprio (Leanda Leal ganhou o kikito de melhor atriz em Gramado). Me surpreendeu o fato de ela ter parido em casa a filha Catarina e a sua última frase mostra um humor gostoso, raro. Por esses dois pontos, vale a leitura.

Em Fortaleza

O cordelista Rouxinol do Rinaré ministrará oficina de cordel em Fortaleza, no SESC Centro, nos dias 19 e 20. A participação é gratuita, mas as vagas são limitadas.

15 agosto 2008

Um microconto a Humberto

Para que a saudade se registre, querido amigo, o primeiro a ler, a rir e a gostar, entrego o pequeno conto abaixo:

"Para Alaor, ser bonito significava estar fadado ao silêncio e à busca pelo aperfeiçoamento sexual constante. 'Não, meu bem, não fala nada e me come'. Aproveitava as tardes livres para estudar a arte da sedução, ouvir jazz e ler Rimbaud"

Guimarães x2 - Machado x1

No próximo dia 20 será aberta a Semana Guimarães Rosa, no Senado Federal. Haverá lançamento de livros, debate e exposição com acervo da Academia Brasileira de Letras.
E de 29 de setembro a 3 de outubro, será realizado o Congresso Internacional de dois Imortais, na UFMG. As mesas terão como tema Guimarães Rosa e Machado de Assis. Mais informações aqui.

12 agosto 2008

Literatura e relações raciais

No próximo dia 19, haverá mesa redonda sobre literatura e questões raciais, no auditório da reitoria da UnB, às 19h. A profª Sônia Roncador (Universidade do Texas) falará sobre "O mito da mãe preta no imaginário literário de raça e mestiçagem cultural" e a profª Regina Dalcastagnè fará a palestra "Entre silêncios e estereótipos: relações raciais na literatura brasileira contemporânea". A mediação é da mestranda Marina Farias Rebelo. Logo após, será lançado o número 31 da revista Estudos de Literatura Brasilieira Contemporânea, com um dossiê sobre literatura e relações raciais.

09 agosto 2008

Rosa e a gorducha

Acabo de ler História de mulheres, da espanhola Rosa Montero. Um ótimo apanhado de mini biografias de mulheres emblemáticas - umas famosas, outras nem tanto. Loucas, submissas, anoréxicas, doentes, lésbicas. Cada uma com uma personalidade, um problema e um ambiente social a enfrentar - ou a se deixar por ele moldar. Tirando-se algumas reflexões pseudo-psicanalíticas ou conclusões aparentemente infundadas (ao menos a quem trava contato com as personagens ali, pela primeira vez) da autora, o livro é uma boa pedida. É envolvente. Imagino que a gorducha deva ter se identificado, se é que já o leu. Cinéfila que é, talvez a literatura em si não lhe pareça tão importante, mas creio que biografias de grandes mulheres estejam no foco de seus interesses. Gorducha de leggings multicolores, ser discriminado em seu meio apesar do inegável talento, a dica é pra você.
Na pedreira

Só me sinto. Meus planos já não podem ser planos; são vales, abismos. Força eu que crie. Futuro eu que crie. Lá da pedreira, alguém me chama. Benzida, acolhida e no caminho da consolação, seguro a mão de pai Joaquim. E sigo.

05 agosto 2008

Novidades no site da Casa das Musas

Texto traduzido de Italo Calvino (veja trecho abaixo), conto de Nilto Maciel, crônica de Samarone Lima, notícias sobre a bienal internacional de poesia de Brasília, entrevistas com Marcelino Freire, Márcia Tiburi e Daniel Piza, crítica, teoria, poemas e até uma pseudo resenha de Liana Aragão. Tudo isso e algo mais aqui.

Mas onde a obssessão de colecionar recai sobre si mesma, revelando o próprio fundo de egotismo, é em uma prateleira plena de desadornadas capas de livro em papelão unidas por fitas, sobre cada uma das quais, uma mão feminina escreveu títulos como: “os homens que me agradam; os homens que não me agradam; as mulheres que admiro; os meus ciúmes; as minhas despesas quotidianas; a minha moda; os meus desenhos infantis; os meus castelos e por fim, os papéis que envolveram as laranjas que chupei”. (trad: Marcelo Costa Nunes)

PS: A gorducha oxigenada teima em se manter silenciosa. Mas não é charme; é trabalho. Está adaptando texto de Pedro Juan Gutierrez para o cinema. A idéia era fazer um curta, mas a profissional, que hoje ignora o calor e usa um chale de renda e brilhos, combinando com os cristais swarovski do sapato, já se prepara para convencer os patrocinadores de que um longa ambientado na capital cubana pode ser a melhor opção. Muito trabalho a fazer, afinal. Espero que ela me convide para a estréia.

04 agosto 2008

As sextas literárias de volta

O grupo de leitura da UnB diz adeus às férias e volta com a corda toda para o round two de 2008. A partir do dia 15/8, quinzenalmente, o grupo se reunirá para discutir literatura contemporânea brasileira e latino-americana. A participação é sempre aberta a qualquer interessado. Os encontros acontecem às 15h, no Departamento de Teoria Literária e Literatura da UnB. Veja o cronograma previsto abaixo.

15/8 - Órfãos do Eldorado, de Milton Hatoum
29/8 - Afogado, de Junot Díaz
12/9 - O livro das emoções, João Almino
26/9 - Só para fumantes, de Julio Ramón Ribeyro
10/10 - Carnavalha, de Nilto Maciel
24/10 - O desfile do amor, de Sergio Pitol
7/11 - A arte de produzir efeito sem causa, de Lourenço Mutarelli
21/11 - Radio Cidade Perdida, de Daniel AlarcónLima
5/12 - 98 tiros de audiência, de Aguinaldo Silva
19/12 - Zama, de Antonio Di Bendetto

03 agosto 2008

Ventania

Há pouco, uma ventania - inexplicável para agosto - passou pelo Guará. Arrancou parte do telhado de amianto de vizinhos que eu desconheço e levou meu homem embora.
Mercadorias e futuro será lançado esta semana em São Paulo

Seu nome é Lirovsky. É da Interlândia. Escreve sobre o teto do vão do infinito e as pilastras desse salão que interferem na dança. Também sobre a visão que a platéia tem da big band dentro da casa labiríntica. Refaz uma pequena ponte, com ferro madeira de pilhagens, sobre dois poços cavados que descem paralelos pro fundo da terra. Todo fim de tarde o firmamento cai na minha rua, molha seus amigos. Essa lama viscosa que prega no sapato vem da geleira que se derreteu quando a luz distante furou as camadas cinzas carregadas de som. Há uma trilha que leva além, mas o único guia fala gritando cuspindo e cercou a área. Eis o mote poético (e não poderia ser diferente) do livro Mercadorias e futuros, de José Paes de Lira, que aguardo curiosa e sedenta. O lançamento será dia 5, em São Paulo. Outras informações aqui.

PS: A gorducha eu vi anteontem, um dia antes do meu aniversário (que não foi muito melhor do que os dias anteriores). Como não é minha amiga nem curte blogs - muito menos o meu -, sequer me agradeceu pelo que escrevi há alguns dias. Grande é a vala que nos separa. E mal sabe ela o quanto eu a conheço e admiro.

31 julho 2008

Inimigos e Bolívia

Será lançado hoje, em Fortaleza, o mais novo livro de Pedro Salgueiro: Inimigos, ganhador do I edital de artes da Funcet. Será no Dragão do Mar, das 19h às 21h30.

Começa no dia 3, domingo, a Semana Cultural da Bolívia, em vários locais da cidade. O evento é promovido pela Embaixada da República da Bolívia e a Casa da Cultura da América Latina da UnB. Confira a programação abaixo:

Dia 3 de agosto: Palestra e exibição do filme Evo Pueblo, de Tonchy Antezana (2007, 105 minutos). Narra a história do menino camponês que se tornou o primeiro presidente indígena da República da Bolívia.Legendas em espanhol. Local: Auditório II, do Museu Nacional da República (Esplanada dos Ministérios). Hora : 19hEntrada franca

Dia 4 de agosto: Exibição do filme Los Andes no Creen en Diós, de Antonio Eguino ((2005, 145 minutos). Adaptação de dois contos do escritor Adolfo Costa Du Rels. Narra a dura realidade do povoado boliviano de Uyuni onde, entre os anos 1920 e 40, jovens procuravam ascensão social por meio do garimpo. Legendas em espanhol. Local: Auditório II, do Museu Nacional da República (Esplanada dos Ministérios). Hora: 19hEntrada franca

Dia 5 de agosto: Abertura da exposição fotográfica Bolívia Mais Além do Tempo (Bolívia Más Allá del Tiempo), que reúne setenta imagens dos arquivos de Freddy Alborta, Julio Cordero, Lucio Flores, Luigi Domenico Gismondi, Javier Nuñez de Arco; e dos artistas contemporâneos Vassil Anastasov, Sandra Boulanger, Patricio Crooker, Erika Ewel, Cecilia Lampó, Christian Lombardi, Sol Mateo, Javier Plaza e Roberto Valcarcel. Curadoria: Cecilia Lampó. Local: Galerias CAL, Acervo, Bolso e Auditório Pablo Neruda (CAL)Endereço: SCS Quadra 4, Edifício Anápolis. Horário de abertura: 19h30. Visitação: até o dia 31 de agosto de 2008. Terça a sexta-feira: 10h às 20h. Sábados, domingos e feriados: 12h às 18h

Exibição do filme Evo Pueblo, de Tonchy Antezana (2007, 105 minutos).Legendas em espanhol. Local: Auditório II, do Museu Nacional da República (Esplanada dos Ministérios). Hora: 19hEntrada franca

Dia 6 de agosto: Oferenda floral. Local: Busto Simón Bolívar (Praça do Buriti). Hora: 9h Recepção social (apenas para convidados). Hora: 12h30 às 14h30

Dia 7 de agosto: Exibição do filme Los Andes no Creen en Diós, de Antonio Eguino (2005, 145 minutos).Legendas em espanhol. Local: Auditório II, do Museu Nacional da República (Esplanada dos Ministérios). Hora: 19hEntrada franca

Dia 8 de agosto: Exibição do filme Evo Pueblo, de Tonchy Antezana (2007, 105 minutos). Local: Auditório II, do Museu Nacional da República (Esplanada dos Ministérios). Hora: 19hEntrada franca

30 julho 2008

Até eu sigo sem mim (e a vida acadêmica também)

Vivo o segundo do terceiro dia de uma licença saúde, em casa. Curto minhas tristezas, uma forte dor de garganta e meu filho lindo.

Mas falemos de academia.

A revista Participação da UnB, criada em 1987 para publicar artigos, comunicações, resenhas, opiniões e entrevistas, está sendo relançada este ano. Os interessados devem encaminhar seus trabalhos até 22 de agosto. As orientações e os critérios para envio de trabalhos estão no site www.revistaparticipacaodex.unb.br. A revista seguirá modelo científico e terá periodicidade semestral.

No Rio, dia 4, acontece a palestra "Uma diáspora descontente: cinema, militância política e identidade étnica no Brasil", com o prof. Jeffrey Lesser, da Emory University. Será no Salão Moniz de Aragão do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ, às 19hrs. A palestra será realizada em português.

A revista Aletria, da UFMG, recebe artigos que tratem de obras literárias de língua inglesa. O prazo é longo: 1° de maio de 2009. Dá pra preparar algo digno até lá. Veja as normas abaixo.

1. A revista Aletria aceita para publicação artigos inéditos em sua especialidade:
• ensaios sobre estudos literários e culturais;
• resenhas e recensões críticas de obras literárias e de obras científicas na área de literatura e teoria literária;
Observação: não serão aceitos capítulos de dissertações ou teses em que essa condição possa ser constatada no texto.
2. O material para publicação deverá ser encaminhado à equipe editorial da revista, e, em folha à parte, deve(m) o(s) autor(es) enviar, também, autorização para a publicação sem recebimento de direitos autorais.
3. Todos os trabalhos deverão ser enviados em duas vias impressas e em arquivo eletrônico em CD ou disquete, editado através do programa Microsoft Word for Windows versão 2.0 ou superior, em fonte Times New Roman, corpo 12, e espaço 2.
4. Só será aceito para publicação, de cada autor ou conjunto de autores, um artigo por ano.
5. Os trabalhos encaminhados não devem ultrapassar 20 páginas.
6. O material a ser publicado deve ser acompanhado de folha de rosto onde serão indicados: título; autor ou autores; instituição em que trabalha cada autor e a atividade que exerce na mesma; titulação acadêmica de cada autor; endereço pessoal e de trabalho completos, bem como telefones (e ramais, se for o caso); e-mail para contato.
7. O original, digitado em espaço duplo, fonte 12, Times New Roman, deve desenvolver-se na seguinte seqüência: título do trabalho, nome(s) do (s) autor(es) – um abaixo do outro –, filiação científica do(s) autor(es) e nome da (s) instituição(ões) a que se acha(m) vinculado(s) abaixo do(s) nome(s) do(s) autor(es) – as informações de cada autor abaixo do nome respectivo –, resumo e três palavras-chave em português, texto, resumo e as mesmas três palavras-chave traduzidos para outra língua (inglês, francês ou espanhol), referências bibliográficas. Se houver agradecimento ou dedicatória, acrescentá-los antes do resumo em português.
8. As ilustrações, gráficos e tabelas (indicar a fonte quando não forem originais do trabalho) com as respectivas legendas e/ou numerações, deverão vir em folhasseparadas, indicando-se, no texto, o lugar onde devem ser inseridas.
9. As notas de rodapé devem figurar ao pé da página em que seu número aparece. As notas de indicação bibliográfica, em pé-de-página, devem ser apresentadas observando-se a seguinte norma: sobrenome do autor em maiúsculas, título do livro ou texto consultado e número da página (se for o caso). CALVINO. Seis propostas para o próximo milênio, p. 12.
10. Referências bibliográficas: deverão aparecer completas, imediatamente após o final do artigo, em ordem alfabética de sobrenome de autor, atendendo-se às regras para indicação bibliográfica, conforme a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) cujos elementos básicos especificamos a seguir:
a) Citação de artigo de revista deverá conter: autor(es) do artigo, título do artigo, título da revista grifado, local da publicação, número do volume, número do fascículo, páginas inicial e final do artigo citado, mês e ano da publicação; b) Citação de capítulo de livro deverá conter: autor(es), título do capítulo, organizador(es) da coletânea, título do livro grifado, número da edição (a partir da segunda), local de publicação, editora, data, página inicial e final do capítulo. c) Citação de livro deverá conter: autor(es), título grifado, número da edição (a partir da segunda), local de publicação, editora, data, número total de páginas.
11. As páginas deverão ser numeradas na margem superior direita.
12. O material deverá vir devidamente revisado pelo autor. Para indicar que fez a revisão, cada página deve vir rubricada pelo autor. A Comissão Editorial reserva-se o direito de fazer nova revisão e de fazer as necessárias alterações.
13. Os originais enviados não serão devolvidos, mesmo que não tenham sido publicados.
14. O autor que tiver seu artigo publicado receberá três exemplares
da revista.
Endereço para correspondência:
Revista Aletria nº 20 – Faculdade de Letras da UFMG
Programa de Pós-Graduação em Letras: Estudos Literários – 4º andar
Avenida Antônio Carlos, 6627 – Campus da Pampulha.
Belo Horizonte, MG – CEP 31270-901.
Comissão Editorial
Profa. Dra. Sandra Regina Goulart Almeida (presidente)
Prof. Dra. Luiz Fernando Ferreira Sá
Prof. Dra. Thomas LaBorie Burns

26 julho 2008

A vida segue (sem mim)

Livros são lançados e lamento por não ler nos próximos dez meses, pelo menos, O conto do amor, de Contardo Caligaris. (e vou lamentar também pelos despeitados que não vão ler porque o cara é fodão da Folha de S. Paulo)

Filmes estreiam, com o mais do mesmo cenário-favela, como é o caso de Era uma vez, em cartaz em todos os cinemas desta capital. E ainda tem a versão cinematográfica do seriado Sex and the city. (atire a primeira pedra aquela que nunca assistiu, ou que nunca leu Marie Claire, ou que nunca chorou de rir lendo Maitena) (estou cheia de quem costuma atirar pedras)

Boa crítica segue sendo publicada. (em críticos é raro chegar pedra atirada e minha inocência me impede de querer saber o porquê)

Incrementos são pensados, como os cursos profissionalizantes que serão oferecidos aos beneficiários do Bolsa Família. E foda-se se o intuito for eleitoreiro. (seguem me enfadando os atiradores de pedras)

Poesias continuam sendo feitas, com teclados ou tablets. Bem como o status segue invicto no ranking dos determinantes literários. (aí sou eu a atiradora. e atire a primeira pedra aquele que nunca o foi)

Meu filho cresce lindo e esperto. Meus amigos - ou parte - continuam meus amigos. Meus moment friends continuam afastados e se embaraçam em encontros casuais. E ouvir "Dona", do Roupa nova, continua sendo absurdamente providencial quando se está derrubada. (apesar do forte guarda-chuva colorido, escuto assustada o barulho das pedras. E me aborreço)

PS: Lamento publicamente pela gorducha oxigenada de pernas finas cobertas por leggings que ressaltam celulites e falta-de-bom-senso, que sonha em ser cineasta e tem até talento. Mas se recusa a usar boina, calça xadrez, fumar maconha (ou tolerar o cheiro) e inserir termos técnicos em todas as conversas para humilhar os que não são do ramo. Gorducha, eu torço por você.

20 julho 2008

Nome próprio - resenha sobre mim, sobre Leandra e sobre Clarah

Acabo de assistir ao filme Nome próprio, de Murilo Salles. Não é possível elogiar com os elogios que já existem a interpretação de Leandra Leal. A atriz é Clarah Averbuck (ou Camila, pseudônimo da escritora gaúcha) da cabeça aos pés (e ao coração). Espetacular, visceral (pra repetir o que os críticos já andam dizendo). Mas há algo no filme que me incomoda. E há de ser o mesmo algo presente nos livros de Averbuck. São relatos obviamente autobiográficos, precariamente ficcionalizados (e isso é proposital), e só me dizem coisas sobre um modo infantil de lidar com as situações da vida real. São todos os livros dela muito "Liana" demais, há muito de mim ali. Mas, principalmente, há muito do que eu detesto em mim. Tudo isso deve se explicar a partir de uma adolescência muito bem vivida, e da qual não me arrependo, mas que está lá atrás, no lugar dela, no passado. E a Clarah/Camila tem a minha idade e segue infantilizada, irresponsável, iludida, meio sonhadora, deslumbrada. Aí está a palavra: deslumbrada. E impune. Tudo isso se sustenta bem numa literatura originada de blog, que é o caso dela - e é muito do que eu faço também, claro -, e no cinema e em qualquer outra arte contemporânea. Mas na vida real não. É adolescente demais; é classe média demais. E, especialmente para a vida real, estou farta de fantasias melancólicas, de neogóticos, de emos adolescentes e, principalmente, de emos adultos. Se é pra tocar o 'foda-se', posar providencialmente de irresponsável, de rebelde-com-conteúdo, de visceral (repetindo...), eu toco aqui: essa literatura, pra mim, não é suficiente. Não digo que não é boa, pois já li tudo de Averbuck. Mas é pouco. E essa escritora tem mais pra dar; é só apostar em outras ficções. Quem sabe ela não chega, um dia, ao talento pulsante de Leandra? Que se dá, inteira, à personagem. Mas passa longe de qualquer imagem (minha) adolescente.

19 julho 2008

E a blogueira poetiza sua realidade

Amarga. A fralda. E ri, sentada, sem graça, a poeta. Bala sugar free. Nada ingere, além de morte e, no extremo, ama. Ama, ama. (fralda) Se falam espíritos, ela escuta, amedrontada. Não cruza, sequer, o caminho para o toalete. A bexiga pode esperar. O coração, nem tanto. (fralda) Confusa recusa a verdade. Acusa, chora. Foge: barcos vikings, Colômbia, babalaôs, gargalhadas-suspiros-cheiros-de-nuvem, friends, tupinambás. (fralda) Pura. E volta, triste, dura e acuada. Vida de açúcar. Jejum indeciso. Vazia repousa, sozinha. Ama e troca fraldas.

Livros e um lamento

Macanudo 4, livro com tirinhas geniais do argentino Liniers, e Mitologia dos Orixás, de Reginaldo Prandi, com um apanhado curioso sobre os deuses da cultura Yorubá.

Morreu hoje, com oficiais 101 anos, Dercy Gonçalves. Cansada, lamento sem nada querer dizer, a não ser: "toca aqui".

12 julho 2008

Poetas protestam e governador poemiza

Na última quarta-feira, o grupo Loucos de pedra protestou contra a derrubada "acidental" de mosaicos com textos de poetas da cidade em paradas de ônibus na W3 Sul. O protesto foi pacífico e simbolizado pela colocação de placa numa calçada. O curioso foi a postura do governador José Roberto Arruda, que aproveitou o ensejo para poemizar. Mandou um memorando todo rimado para seus secretários. Veja trecho abaixo.
"...considerem que os versos limpam nossos dias
fazem Josés e Marias
Pessoas mais felizes
E quando, nas calçadas, as palavras
rimarem idéias com cimento
teremos, mais leve, o pensamento
dos críticos do dia a dia"

Pela net

Quero divulgar aqui o trabalho do meu amigo Rubens Rodrigues, que faz literatura com tablet. Veja. E a revista Casa das Musas está atualizadíssima. Duas entrevistas: Manoel de Barros e Ronaldo Correia de Brito, contos, crônicas, ensaios, resenhas e outras coisas. Vale conferir. Também vale passear pelo blog do Marcelo Sahea, do Gustavo de Castro, para citar os "brasilienses", e do Xico Sá, que é sempre uma boa pedida para sábado à noite.

09 julho 2008

E quase esqueci...

Será lançado amanhã, em São Paulo, o livro Capitu mandou flores, organizado por Rinaldo de Fernandes, em homenagem ao centenário da morte de Machado de Assis. Entre os contistas convidados, o grande Nilto Maciel, Lygia Fagundes Telles, André Sant'Anna, Ivana Arruda Leite, Glauco Mattoso e Ronaldo Cagiano. Veja o convite abaixo.
E eis que volta a blogueira

Eu não fui à FLIP. Não estava trabalhando num novo conto ou num artigo para publicação em revista acadêmica. Não estava me preparando pra concurso, pra doutorado, pra vestibular, pra nada. Não vi nenhum dos filmes em cartaz. Mais de um mês longe por vários motivos: troquei de provedor de internet, trabalhei muito, cuidei do meu filho durante todas as horas em que não trabalhei e poucas outras coisas fiz.

Demorei, mas voltei com boas notícias: o Nilto Maciel criou um blog em que vai disponibilizar a íntegra das edições da revista Literatura. Conheça. A escritora mineira Eltânia André, lançará dia 25, no Martinica Café, o livro de contos Meu nome agora é Jaque. A partir das 19h. E até o dia 15/7, estarão abertas as inscrições para o 14º Concurso Nacional de Contos José Cândido de Carvalho, da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL). Cada autor poderá inscrever um máximo de três contos e enviá-los à FCJOL: Praça da Bandeira s/nº Campos-RJ cep. 28030-550. O tema é livre.

01 junho 2008

São Paulo, Brasília e Mundo virtual

Lançamento em Sampa: Próximo dia 3, Denilson Lopes lança, em São Paulo, A delicadeza: estética, experiência e paisagens, após a abertura do XVII Encontro da Associacao Nacional de Pós-Graduação em Comunicação (COMPOS), no Teatro da UNIP-Paraíso. O livro parte de uma proposta de uma estética para a contemporaneidade, de uma estética da comunicacão, e de uma defesa da leveza, da delicadeza e da sutileza no cinema, literatura e música contemporâneos, em contraponto aos produtos marcados pela crueldade, pelo abjeto, pelo excesso e pelo trágico.

Mudança de planos: os livros de Glantz e Santiago serão discutidos dia 6 pelo grupo de leitura da UnB. O encontro será às 14h30, no auditório do TEL. Cristian Santos, que estuda a relação entre religião e literatura, participará.

Revista on line atualizada: a Revista Casa das Musas traz Qué es comunicación, de NIklas Luhmann, poemas de Maria Esther Maciel, design, arte e comunicação, por Ana Beatriz Barroso, entrevista com a poeta argentina Laura Cerrato, além de contos, crôncias, críticas etc. Confira.

22 maio 2008

Lançamento em Brasília


Chamada para artigos

A revista Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea está recebendo artigos e resenhas para a edição de dezembro de 2008. O número 32 trará um dossiê sobre “questões de gênero na literatura brasileira contemporânea”. Serão avaliados tanto artigos que consistam em leituras de narrativas e poesias – em seus diferentes formatos –, a partir do enfoque proposto, quanto textos teóricos que discutam as questões de gênero na sua intersecção com a literatura, além de leitura comparada com textos de outras nacionalidades ou outras épocas. Há também uma seção de tema livre, em que são publicados artigos de diversas abordagens sobre a literatura brasileira contemporânea, e espaço para resenhas de obras de ficção, poesia, crítica literária e teoria literária publicadas nos últimos 24 meses. O prazo final para o envio de artigos e resenhas é 4 de agosto de 2008.

Normas para publicação: Os artigos devem ser encaminhados em arquivo formato DOC ou RTF, em Times New Roman, fonte 12, espaço 1,5. As informações bibliográficas devem ser dadas, de modo reduzido (nome do autor, título do livro e número da página), em notas de rodapé. A bibliografia completa deve constar no final do texto, obedecendo às normas da ABNT. É necessário incluir um resumo, um abstract, três ou quatro palavras-chave e algumas linhas com os dados do autor, incluindo um e-mail que possa ser divulgado e o endereço postal para onde deverão ser encaminhados três exemplares da revista, caso o texto venha a ser publicado. As resenhas, sobre literatura ou textos teóricos, não devem exceder cinco páginas. Não há número fixo de páginas para os artigos. Os artigos e resenhas devem ser enviados para:
estudos@unb.br

20 maio 2008

Festival de poesia falada de Varginha

Direto do blog do Alexandre Marino, soube que hoje o último dia de inscrições para o Festival de poesia falada de Varginha, que já é tradicional na cidade mineira. O evento acontece no fim de junho. Outras informações aqui.

18 maio 2008

Duas chamadas para trabalhos acadêmicos

O IV Congresso da Associacao Brasileira de Estudos da Homocultura (ABEH), de 9 a 12 de setembro de 2008, em São Paulo, na USP, recebe inscrições para apresentação de trabalhos. Informações aqui. E a revista Miscelânea, da UNESP, recebe artigos. Informações pelo e-mail miscelanea@assis.unesp.br.
Discussão de Aparições e um miniconto de lambuja

Amanhã, 19/5, o grupo de leitura da UnB discute Aparições, de Margo Glantz. E na sexta-feira, dia 30/5, será a vez dos Contos antológicos, de Silviano Santiago, com a presença do pesquisador Cristian Santos (que estudou comigo no semestre em que, juntos, descobrimos a merda que é Harold Bloom e outras coisas). Ele trabalha, muito competentemente, com literatura e religião. Para este ano, o grupo ainda pretende discutir Martin Kohan, Sergio Chejfec, Lygia Fagundes Telles, Daniel Alarcón e Aguinaldo Silva. Logo que tivermos datas certas, divulgo.

E eu continuo produzindo, aos pouquinhos. Coisa pequena, mas divertida. Ou não. Vejam:

Senha
Fabiana viu a senha que Marcos digitava todas as manhãs, no seu laptop, e quase não conteve um riso espasmado e orgulhoso. Eram as iniciais dela, em ordem invertida, seguidas do dia de seu aniversário. Mas ele sabia, afinal, quando ela fazia anos?

08 maio 2008

Produção própria e grupo de leitura da UnB

Desaparecida por estar com atividades mil, sou a blogueira mais ausente do universo (virtual). Na volta ao trabalho e firme no papel de mãe do Bernardo, em momentos raros de folga, tenho escrito contos/crônicas muito pequenos. Micro? Mini? Talvez algo entre um e outro. Um deles exponho abaixo e logo logo postarei mais alguns aqui. Por enquanto, divulgo a discussão, no próximo dia 16, às 14h, de Aparições, de Margo Glantz. A seguinte será sobre Contos antológicos, de Silviano Santiago, no dia 30. Sempre no Departamento de Teoria Literária e Literaturas da UnB. Leia resenhas e comentários sobre o grupo e os livros discutidos aqui e aqui.

A lusa Cássia Mara
Toda terça, Edésio se recusava a transar com Cássia Mara, mas pagava, em euros, para cheirar os sovacos da rapariga.

14 abril 2008

Curso on line sobre Grande sertão: veredas

Copio abaixo a mensagem que recebi de Leonardo Vieira sobre o curso a respeito de Grande sertão: veredas, que terá início no próximo dia 22. O bacana é que é on line.

NONADA: LEITURAS DE GRANDE SERTÃO: VEREDAS PELA INTERNET
100 anos de Guimarães Rosa

Enfrentar o texto de Grande Sertão: Veredas se torna, muitas vezes, uma tarefa que afasta de início o leitor, acautelado por determinadas armadilhas que não são outras que as do próprio sertão: lugar onde convivem o bem e o mal, a perdição e graça, a ética e a barbárie. Penetrar a linguagem roseana, requer, antes de tudo, que nos encontremos munidos de determinadas ferramentas de leitura.
O curso “NONADA: LEITURAS DE GRANDE SERTÃO: VEREDAS”, se propõe a uma análise detalhada da obra-prima de João Guimarães Rosa. Ao mesmo tempo em que o leitor ficará a par dos procedimentos recorrentes do escritor mineiro na construção de sua linguagem, irá se estabelecer o diálogo com os inúmeros gêneros narrativos que influem na composição do romance. No universo de Guimarães Rosa podemos encontrar traços tanto da épica homérica, dos romances de cavalaria, da tradição fáustica, da literatura de cordel, do folclore brasileiro, passando pela filosofia de Heráclito, Górgias, Kierkegaard, Nietzsche, os koan chineses, Bergson. O sertão é o terreno onde os homens não se encontram ainda presos às convenções. Região da impossibilidade de se discernir o certo do errado, o verdadeiro do falso, deus e o demo. A errância de Riobaldo, o jagunço-filósofo, não encontra nem um ponto de chegada ou de saída, sua vida se dispõe, como ele mesmo diz, no meio da travessia. E é pela incapacidade de se encontrar respostas - as “megeras cartesianas” do homem dogmático - que se constrói uma das mais trágicas narrativas de nossa história literária.
Duração do curso: 04 meses. Início: 22 de abril/ término: 08 de julho
O curso será através da Internet, com leituras orientadas semanais e discussões via e-mails.
Mensalidade: R$ 80,00.
Mais informações pelo telefone ou e-mail: (21) 2229-7750 /
leonardo33vieira@yahoo.com.br
Requisito para o curso: ter o livro Grande Sertão: Veredas.
O professor, Leonardo Vieira de Almeida, é escritor, tradutor, Mestre em Literatura Brasileira (UERJ) e Doutorando em Estudos de Literatura Brasileira (PUC-Rio). Autor do livro de contos Os que estão aí, Ibis Libris, 2002, e de contos publicados no suplemento literário Rascunho, do jornal do estado do Paraná, no jornal Panorama e nos sites literários Paralelos, Bestiário, Cronópios, Confraria do vento e pequena morte. Co-autor do livro À roda de machado de Assis: ficção, crônica e crítrica (Editora Argos, 2006). Em 2007 ganhou o prêmio Otto Lara Resende por melhor ensaio sobre Guimarães Rosa. Também é tradutor e vive no Rio de Janeiro.
Endereço de meu currículo:
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4711371U5
Página na Internet:
http://contandocontos.blog-br.com/
Lançamentos de hoje

Para lembrar: Regina Dalcastagnè lança hoje Ver e imaginar o outro: alteridade, desigualdade, violência na literatura brasileira contemporânea, por ela organizado. O livro reúne ensaios sobre literatura de pesquisadores do Brasil e do exterior. No mesmo local e hora, será lançado O nascimento da política moderna: Maquiavel, Utopia, Reforma, do professor Luis Felipe Miguel. Hoje, 14 de abril, a partir das 19h, no Carpe Diem (104 Sul, Bloco D).

Esquina fechada

Soube com atraso e transmito pesarosa a notícia de que a livraria Esquina da Palavra fechou suas portas, depois de seis anos de pulsação literária. Mais uma que perde espaço para as grandes redes. Abaixo, o e-mail de despedida de Lourenço Flores, o dono. E veja aqui, aqui e aqui alguns lamentos.

Foi uma jornada e tanto. Daquele 23 de fevereiro de 2002, com uma apresentação sensacional da Elisa Lucinda, até hoje, 31 de março de 2008, a Esquina da Palavra valeu uma vida. Estou fechando a livraria com um tremendo orgulho por esse período todo. A alegria que encontrei aqui, os amigos que fiz, a pequena parcela na vida de cada um de vocês, os livros editados, os autores que aqui autografaram - não tenho como não falar da Valéria Grassi, das adrianas Falcão e Lisboa, do Marçal Aquino, do Bonassi, do John Gledson, do Ismail Xavier e tantos outros que é até injusto citar só alguns -, leram seus livros, beberam e curtiram esse canto de Brasília, até mesmo essa agonia financeira que muitos de vocês viram acontecer, tudo isso vai ficar para sempre comigo.
Queria agradecer a todo mundo que esteve aqui, bateu papo, ouviu algumas leituras de um livreiro que às vezes se empolgava e desandava a falar sem parar, participou do Cinema na Esquina, viu alguns dos shows que fizemos aqui ao lado, ao ar livre (do Beto Só - com Solitários Incríveis e sem Solkitários Incríveis - ao Eduardo Suplicy, em um improvável dueto com o também senador Marco Maciel na indefectível Blowin' the wind, acompanhado pelo Supla e pelo João, passando por todos os demais amigos que aqui deixaram suas marcas - como o povo do Bois de Gerião, Proto, Phonopop, Watson, Superquadra, Disco Alto, ...). Àqueles que torceram pelo sucesso da Esquina e até emprestaram um pouco para tentar fazer com que ela ficasse de pé (a alguns que ainda não foram pagos, por favor, saibam que os pagarei religiosamente). A todos, só posso dizer obrigado.
P.S.: Nos próximos sábado e domingo, dias 5 e 6, a partir das 9h, estarei fazendo uma queima dos livros que ainda tenho aqui - todos com 50% de desconto. Quem quiser, por favor apareça.


Prêmios literários

Estão abertas as inscrições para dois prêmios literários: o 6° Concurso literário de contos e poesias, da editora Guemanisse (informações aqui), e o Prêmio Off FLIP de literatura 2008 (aqui).

08 abril 2008

Ver e imaginar o outro

No Carpe Diem, próxima segunda-feira, às 19h, tem lançamento do livro Ver e imaginar o outro: alteridade, desigualdade, violência na literatura brasileira contemporânea, organizado por Regina Dalcastagnè. Entre os artigos estão os de Ivete Walty, Gislene Barral, Sônia Roncador e Tânia Pellegrini.

04 abril 2008

Fast news

Sites literários atualizados - vale dar uma olhada em Enquanto isso num café e Casa das musas.

Ilustre - a galera ligada em artes visuais vai gostar de conhecer o trabalho do meu grande amigo Rubens Rodrigues. Aqui.

Felisberto Hernández - O cavalo perdido e outras histórias, do uruguaio Felisberto Hernández, será discutido pelo grupo de leitura da UnB, na próxima segunda, dia 7, às 14h30, no auditório do Departamento de Teoria Literária (ICC Central, primeiro andar).

31 março 2008

Questões raciais na literatura brasileira contemporânea

A revista Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, publicada pelo Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea da Universidade de Brasília, está recebendo até 9 de maio artigos para compor o seu número 31. O objetivo da revista é fomentar o debate crítico sobre a literatura contemporânea produzida no Brasil, em suas diferentes manifestações, a partir dos mais diversos enfoques teóricos e metodológicos, com abertura para o diálogo com outras literaturas, em especial da América Latina. O próximo número tratará de questões raciais na literatura brasileira contemporânea. E a revista dispõe ainda de uma seção de tema livre, em que são publicados artigos de diversas abordagens sobre a literatura brasileira contemporânea. Também há espaço para resenhas de obras de ficção, poesia, crítica literária e teoria literária publicadas nos últimos 24 meses.

Normas para publicação:
Os artigos devem ser encaminhados em arquivo formato DOC ou RTF, em Times New Roman, fonte 12, espaço 1,5. As informações bibliográficas devem ser dadas, de modo reduzido (nome do autor, título do livro e número da página), em notas de rodapé. A bibliografia completa deve constar no final do texto, obedecendo às normas da ABNT. É necessário incluir um resumo, um abstract, três ou quatro palavras-chave e algumas linhas com os dados do autor, incluindo um e-mail que possa ser divulgado e o endereço postal para onde deverão ser encaminhados três exemplares da revista, caso o texto venha a ser publicado. As resenhas, sobre literatura ou textos teóricos, não devem exceder cinco páginas. Os trabalhos não solicitados serão encaminhados a pareceristas, mantido o anonimato mútuo. Os artigos e resenhas devem ser enviados para:
estudos@unb.br.

20 março 2008

E a carnavalhação continua

Enviei ao Rascunho comentário sobre a resenha de Paulo Krauss a respeito de Carnavalha, de Nilto Maciel, e ele foi publicado. Veja. As impressões sobre o livro ainda não cessaram. Só na última edição da revista Literatura há pelo menos quatro resenhas (uma delas pode ser lida aqui). E há outras em blogs e sites por aí, veja esta. Na revista, também há um conto meu, "Lisa", e textos de Glauco Mattoso, Nelson de Oliveira, Pedro Salgueiro, Rinaldo de Fernandes e Wilson Gorj, com micronarrativas (veja o blog dele). E no mesmo dia que recebi a revista, chegou Filosofia poesia espionagem, de Gustavo de Castro e Daniel Innerarity. Um volume interessante, pequeno e super clean, editado a custo baixíssimo, pela Casa das Musas. Ele pode ser comprado, bem baratinho, na livraria Cultura ou no Chiquinho.

11 março 2008

Filosofia, poesia e espionagem

Acaba de ser lançado Filosofia poesia espionagem, de Gustavo de Castro e Daniel Innerarity. Escrito em 2003, o livro é dividido em duas partes. Na primeira, Castro discute a capacidade de observar o invisível descrita na literatura de Jorge Luis Borges e Italo Calvino. A partir da literatura fantástica, mostra que espionar é uma atividade humana recorrente a quem quer fazer arte ou literatura. Na segunda, Innerarity mostra que o filósofo é ele mesmo um cruzador de informações, um averiguador da verdade, um detetive da physis. "O espião está longe de ser apenas o personagem-símbolo dos filmes da guerra fria, é antes uma atitude-de-conhecimento", diz Castro. O livro tem apresentação de Luiz Martins e Florence Dravet e está sendo vendido na Livraria Cultura e no Chiquinho, livreiro da UnB, por R$ 10,00.
Lançamento no Rio

A delicadeza: estética, experiência e paisagens, do pesquisador Denilson Lopes, será lançado na próxima segunda-feira (17/3), às 19h, no Salão Vermelho do Fórum de Ciência e Cultura da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Campus da Praia Vermelha, Palácio Universitário, 2º andar – Av. Pasteur, 250 – Urca). Na ocasião, serão exibidos filmes e será servido coquetel. Para brasilienses e outros interessados, o livro pode ser adquirido pelo site da Livraria Cultura. Leia um trecho abaixo.

Tudo começou, começa com o desejo de falar sobre a beleza hoje em dia, da possibilidade da estética, após os Estudos Culturais. Uma estética adequada a uma produção cultural e artística que se firmaram após os anos 70 do século passado, quando cada vez mais os meios de comunicação de massa se tornam parte integrante da experiência cotidiana das sociedades contemporâneas, de nossos afetos, desejos e memórias, ao mesmo tempo em que os projetos modernos se transformam em meio ao debate da pós-modernidade, na crise de utopias universais e do ethos vanguardista em busca do novo. Termino com a sensação de que a crença na beleza e a beleza da fé andaram juntas nesse caminho. Beleza e fé.

09 março 2008

Encontros discutem feminismo e literatura

Pesquisadores da área de gênero e literatura podem encaminhar artigos e pôsteres para os eventos II Seminário Internacional Enfoques Feministas e o Século XXI: Feminismo e Universidade na América Latina, VI Encontro da Rede Brasileira de Estudos e Pesquisas Feministas e II Encontro Internacional Política e Feminismo. Os resumos deverão ser encaminhados em formato .doc ou .rtf, Times New Roman 12, espaçamento simples, alinhamento justificado, com no máximo 30 linhas, até o dia 31 de março para os e-mails: reginadalcastagne@uol.com.br e constanciaduarte@gmail.com. O título do trabalho deverá ser em negrito, caixa alta, seguido do nome da/o autor/a, sigla da instituição de origem, e de e-mail, cada um ocupando uma linha. Os eventos acontecem em 10 a 13 de junho de 2008, na UFMG, em Belo Horizonte. Mais informações: redefem@gmail.com e nepem@fafich.ufmg.br.

06 março 2008

Notícias das musas

Tem contos, poemas, críticas, entrevista e outras novidades no site da editora brasiliense Casa das Musas. Clique aqui para conferir.

Aperfeiçoamento sobre mídia e política

O Instituto de Ciências Políticas da UnB abriu vagas para curso sobre mídia e política. As inscrições terminam em 27 de março e as aulas começam dia 28. Outras informações: cursosipol@unb.br.

Revista Terra roxa

A revista Terra roxa e outras terras: revista de estudos literários está recebendo artigos para serem publicados nos volumes 12, 13 e 14, que sairão este ano. O número 12 tem como tema as representações literárias do urbano; o 13, a mulher sob a ótica dos homens: de Machado até a contemporaneidade; e o 14, literatura dramática moderna. Outras informações pelo endereço: alamir@uel.br.

21 fevereiro 2008

E por falar em academia... (já estou quase esquecendo o que é isso)

A Revista de Letras da UNESP está recebendo artigos para as edições do primeiro e segundo semestres de 2008. O objetivo da publicação é estabelecer um fórum de discussão sobre literatura, especialmente sobre crítica e teoria literária. Para a edição do número 48.1, o tema é livre e os artigos serão recebidos até o dia 15 de março. O número 48.2 será comemorativo do centenário da morte de Machado de Assis. e os trabalhos seráo recebidos até 15 de agosto. Contribuições devem ser enviadas para: revistadeletrasunesp@yahoo.com.br. Outras informações aqui.

E por falar em Machado de Assis, tem matéria sobre suas principais personagens femininas na Revista do Correio, do Correio Braziliense do último domingo.

E por falar em jornal, o número 94 do Rascunho traz resenha sobre Carnavalha, de Nilto Maciel, que eu não terminei de ler (ainda), mas já posso dizer, e concordar com o resenhista, que é uma delícia. Nilto continua sendo um dos melhores escritores brasileiros vivos da atualidade. E o jornal traz também, entre várias outras coisas, uma matéria sobre Jorge Luis Borges, com obra relançada pela Cia das Letras.

12 fevereiro 2008

A volta do Grupo de leitura da UnB

O 2008 do Grupo de leitura de escritores brasileiros e latino-americanos da UnB vai começar no próximo dia 7 de março, com a discussão do livro Abril vermelho, do peruano Santiago Roncagliolo. O local ainda carece de confirmação; logo divulgarei. Veja o cronograma previsto:

20/3 - O filho eterno + De mim já nem se lembra. Cristovão Tezza + Luiz Ruffato.
4/4 - O cavalo perdido e outras histórias. Felisberto Hernández.
18/4 - O fantasma de Luis Buñuel. Maria José Silveira.
2/5 - Aparições. Margo Glantz.
16/5 - Contos antológicos de Silviano Santiago. Organizados por Wander Melo Miranda.
30/5 - Duas vezes junho. Martín Kohan.
14/6 - A noite escura e mais eu. Lygia Fagundes Telles.
28/6 - Radio Cidade Perdida. Daniel Alarcón.
12/7 - 98 tiros de audiência. Aguinaldo Silva

Para outras informações, acesse o blog do grupo ou fale com a Francis.

Contando contos & Prêmio Bravo!

Acabo de conhecer o blog de Leonardo Vieira de Almeida, o Contando contos. Lá, há vários textos do escritor e a divulgação dos cursos que ele ministra. Vale visitar.

Conheça aqui o ganhador do 3° Prêmio Bravo! Prime de Cultura, na categoria Literatura. O público participou da escolha.

05 fevereiro 2008

O próximo número da revista Literatura

Está para sair do forno o número 34 da revista Literatura, criada e editada por Nilto Maciel. Contos, poemas, artigos e ensaios de Liana Aragão, Glauco Mattoso, Soares Feitosa, Rinaldo de Fernandes, Nelson de Oliveira, Francisco Carvalho, Caio Porfírio Carneiro, Astrid Cabral, Batista de Lima, Enéas Athanázio, Francisco Miguel de Moura, Pedro Salgueiro, Jorge Pieiro e alguns outros. Logo logo divulgarei aqui a data de lançamento, o valor, o endereço para pedidos etc. Aguarde.

31 janeiro 2008

Tô por fora

Me perguntem sobre parto, amamentação, cocô e xixi de neném, vacinas, massagens etc. e eu vou responder prontamente. Mas estou por fora de literatura. Minha licença-maternidade está acabando (tenho ainda um mês de licença-aleitamento e mais um mês e meio de férias) e eu só li um livro de literatura completo: Harry Potter e as relíquias da morte. Ops, há quem diga que isso nem é literatura. Os pobres puristas complexados, coitados. Ora, fodam-se. Pois bem, se os comentários literários são poucos (hoje tem happy hour no T-Bone), os agitos na cidade também são. Mas há algumas novidades virtuais: os blogs atualizados de Marcelo Sahea, de Gustavo de Castro, de Solange Pereira
, o novo site do Alexandre Marino, os poemas inéditos de Fernando Pessoa, traduzidos por Teódulo López Meléndez (no Cronópios), o novo endereço de Ivana Arruda Leite e o próximo número da imperdível revista Literatura, produzida por Nilto Maciel, que está no prelo.

(Aí eu estou aqui escrevendo esta nota e me aparece Gustavo de Castro falando sobre a Bienal de Poesia de Brasília. Super novidade: entre aqui)

E eu continuo aqui, lendo Shantala, de Frédérick Leboyer, que é bem poético, mas ensina de fato massagem em bebês, e outros livros para cuidar melhor do meu menino. Veja foto abaixo.

26 dezembro 2007

Curso sobre literatura latino-americana

José María Arguedas, Gabriel García Márquez, Juan Rulfo, Guimarães Rosa e José Lezama Lima serão estudados sob o aspecto da transculturação por Leonardo Vieira de Almeida no curso “Literatura latino-americana no século XX: um olhar transculturador”, que se inicia em 14 de janeiro de 2008, na Formação Freudiana, no Rio de Janeiro. Outras informações: leonardo33vieira@yahoo.com.br.

18 dezembro 2007

Curitiba literária no Rascunho

O número 92 do jornal Rascunho traz caderno especial sobre a primeira edição do Curitiba literária, que reuniu escritores e editores entre 4 e 10 de novembro na capital paranaense. O suplemento apresenta uma espécie de resumo dos debates promovidos no evento. Vale dar uma olhada no bate-papo entre Ferréz e Paulo Lins, sobre representação na literatura, e dos editores Júlio Silveira e Luiz Fernando Emediato, sobre mercado.

13 dezembro 2007

Prêmio e revista

Até 21 de dezembro, o CNPq recebe inscrições para a 3ª edição do prêmio Construindo a Igualdade de Gênero. O concurso, que premia redações de estudantes do ensino médio e artigos científicos de estudantes de graduação e graduados, faz parte do Programa Mulher e Ciência, criado com o objetivo de estimular a reflexão acerca das relações de gênero. Inscrições e informações aqui.

E a Abralic está recebendo até 30 de março de 2008 artigos para a sua Revista de Literatura Comparada. As normas para publicação e outras informações podem ser acessadas aqui.

10 dezembro 2007

Alguma prosa

Recebi ontem, da mão de uma das autoras, o instigante Alguma prosa - ensaios sobre literatura brasileira contemporânea. Nele, reflexões sobre várias obras atuais, como O paraíso é bem bacana, do André Sant'Anna, Contos negreiros, de Marcelino Freire, e Budapeste, de Chico Buarque. Vale conferir o artigo "A difícil expressão do amor em Duas iguais, de Cintia Moscovich", da amiga Virgínia Leal, que me presenteou.

18 novembro 2007

Funarte incentiva a criação literária

A Funarte lançou edital de incentivo à criação literária. Em 2008, serão distribuídas dez bolsas (duas para cada região do país) para escritores com projetos de romance, conto, poesia aprovados pela comissão do concurso. As inscrições já estão abertas e vão até 10 de dezembro deste ano. Cada premiado receberá R$ 30 mil, metade na assinatura do contrato e o restante em três parcelas, pagas à medida em que o cronograma do projeto for sendo cumprido. Acesse outras informações e o edital aqui.

Leituras em andamento e por vir

Confesso: facilitei para o best seller. A minha fila de livros a ler já estava longa quando deixei que Harry Potter e as relíquias da morte passasse à frente. Os demais hão de me entender: o livro é o último da série e já começa movimentado. É ele quem está preenchendo os intervalos das mamadas do Bernardo agora.

Recebi ontem do meu amigo Nilto Maciel a antologia Encontros e desencontros e o número 5 da revista Caos Portátil. A primeira, organizada por Nuno Gonçalves, Manoel Carlos e André Dias, traz contos de escritores cearenses - uns já conhecidos, outros não - e é resultado de apoio de incentivo à literatura da prefeitura de Fortaleza. A revista tem alguns dos contistas do livro, também, como o próprio Maciel. Já estou empolgada para lê-las. Enquanto não começo, é importante ressaltar o projeto gráfico das duas publicações: primorosos. Ilustrações instigantes e diagramação impecável.

13 novembro 2007

Até o dia em que o cão morreu em debate

Na próxima sexta, ignorando completamente o "entre-feriados", o grupo de leitura da UnB se reunirá às 15h para discutir Até o dia em que o cão morreu, de Daniel Galera. O ponto de encontro é o Departamento de Literatura - TEL (ICC Central, 1° andar) e qualquer interessado pode participar. Para ler as resenhas dos livros discutidos pelo grupo, clique aqui.

10 novembro 2007

Novidade da Balada

O site da Balada Literária, que desta vez acontece entre 15 e 18/11 em vários pontos de São Paulo, traz algumas novidades literárias. Uma delas é que José Paes de Lira, o Lirinha do Cordel do Fogo Encantado, participará do evento com um espetáculo misturando música e literatura. E esse show solo se baseia em seu romance inédito Mercadorias e Futuro, que não é só um livro, mas um projeto multimídia, acompanhado de uma peça, CD e site de mesmo nome (parece que ainda não está no ar). Para saber mais notícias do Cordel, que já se prepara para lançar o quarto CD, clique aqui. E o site da Balada, que é organizada por Marcelino Freire, é esse aqui.

08 novembro 2007

Rumos - resultados

Foram divulgados os resultados das categorias "Música", "Literatura" e "Jornalismo Cultural" do programa Rumos, promovido pelo Itaú Cultural. Veja. Em "Literatura" há uma brasiliense, a Adelaide Miranda, da UnB, com o projeto Entre o proibido e o impensável: a homossexualidade na literatura brasileira contemporânea. Os projetos selecionados na categoria "Gestão Cultural" devem ser divulgados ainda este ano (espero...). Vale acompanhar.

Rotina de uma mãe sonâmbula

Entre uma mamada e outra, estou lendo Terra sonâmbula, de Mia Couto. Deliciosos o sotaque, as apropriações, as divagações e as imagens do autor moçambicano.

31 outubro 2007

Elvira Vigna e Jorge Franco hoje

Logo mais às 15h30, o grupo de leitura da UnB discutirá o último romance de Elvira Vigna e Rosário de Tijeras, do colombiano Jorge Franco, no Departamento de Literatura (ICC Central, 1° andar). O próximo livro a ser discutido é Até o dia em que o cão morreu, de Daniel Galera. E a lista até o fim do ano é grande. A participação é sempre liberada a interessados.

12 outubro 2007

Este blog está de licença maternidade


Depois de oito meses de gestação, nasceu em 3/10 a criatura mais linda do mundo: Bernardo Aragão Machado, com 3kg e 49cm.

O poema abaixo é para ele, presente de minha amiga-mãe-quase-francesa-que-vê-Jonny-em-toda-parte Bia e de Manoel de Barros:

Bernardo é quase árvore.
Silêncio dele é tão alto que os passarinhos ouvem de longe.
E vêm pousar em seu ombro.
Seu olho renova as tardes.
Guarda num velho baú seus instrumentos de trabalho:
1 abridor de amanhecer
1 prego que farfalha1 encolhedor de rios - e
1 esticador de horizontes
(Bernardo consegue esticar o horizonte usando três fios de teias de aranha. A coisa fica bem esticada)
Bernardo desregula a natureza: seu olho aumenta o poente.
(Pode um homem enriquecer a natureza com sua incompletude?)

[do livro de ignorãças]
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*eventuais notícias serão postadas, mas sem regularidade